A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, nesta segunda-feira (25), que suspendeu “temporariamente” os ensaios clínicos com hidroxicloroquina que realiza com parceiros em vários países, como precaução. A decisão segue a publicação de um estudo na sexta-feira na revista médica The Lancet que considerou ineficaz ou até prejudicial o uso de cloroquina e seus derivados como a hidroxicloroquina contra a Covid-19, informou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, detalhando que a suspensão dos ensaios foi feita no sábado. A OMS iniciou há mais de dois meses ensaios clínicos sobre os efeitos da hidroxicloroquina, chamados “Solidariedade”, a fim de encontrar um tratamento eficaz contra a Covid-19. Atualmente, “mais de 400 hospitais em 35 países recrutam ativamente pacientes e cerca de 3,5 mil pacientes foram recrutados em 17 países”, explicou a autoridade máxima da OMS. Entretanto, de acordo com o grande estudo publicado no The Lancet, realizado com quase 15 mil pacientes, nem a cloroquina nem seu derivado da hidroxicloroquina são eficazes contra a Covid-19 em pacientes hospitalizados. Segundo a pesquisa, essas moléculas aumentam o risco de morte e arritmia cardíaca. Entre os pacientes que tomaram a hidroxicloroquina, houve aumento de 34% no risco de mortalidade e de 137% no risco de arritmias cardíacas graves. Quando combinada com antibióticos, a droga aumentou em até 45% o risco de morte nos pacientes e em 411% a chance de arritmia cardíaca grave.
De acordo com recomendações do Ministério da Saúde, há pelo menos cinco medidas que ajudam na prevenção do contágio do novo coronavírus:
CP