A Polícia Civil deflagrou na quinta-feira (16), uma megaoperação para combater o crime organizado que atua no estado de Santa Catarina. A ação foi coordenada pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de São José, e contou com apoio e participação do Núcleo de Operação com cães da Polícia Civil de Xanxerê.
Intitulada de Operação Milagre Econômico, o trabalho teve por objetivo dar cumprimento a mandados de prisão e busca e apreensão contra uma organização criminosa, apontada como responsável por alimentar o tráfico de drogas sintéticas e lavagem de dinheiro no Estado. Também foram executadas ordens judiciais para sequestro de veículos de luxo, embarcações e bloqueio de 32 contas bancárias, no valor de até R$ 10 milhões.
De acordo com o Delegado William Cezar Sales, responsável pela investigação, cerca de 197 policiais atuaram no cumprimento de 18 mandados de prisão temporária e 48 mandados de busca e apreensão nas cidades de Florianópolis, São José, Palhoça e Paulo Lopes.
Ainda segundo o delegado, as investigações tiveram início em 2021, quando chegaram a DIC informações de indivíduos que já eram investigados por esta Especializada, relacionados ao crime de tráfico de drogas, da noite para o dia começaram a ostentar uma vida de luxo incompatível com a renda apresentada por eles, resultando na Operação intitulada de “Milagre Econômico”.
Durante as investigações, se verificou que no biênio 2021/22, os investigados experimentaram uma ascensão financeira “meteórica”, completamente incompatível com as atividades lícitas que diziam possuir.
A partir daí os Agentes desta DIC de São José começaram a acompanhar e fazer as diligências necessárias ao completo esclarecimento dos fatos, onde foi descoberto que o grupo se utilizava de empresas de fachada, para lavar o dinheiro oriundo do tráfico de drogas.
Foi identificado que o grupo atuava no tráfico de drogas, na produção de drogas sintéticas, possuindo uma estrutura logística que possibilitava o carregamento de cocaína, maconha, ecstasy e MD de Santa Catarina para outros estados do país, sobretudo os estados do Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.
Em meados de dezembro de 2022, a PF prendeu parte desta quadrilha em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Durante as investigações foram apreendidos, além de armas, mais de 100 quilos de drogas sintéticas com os investigados.