A força-tarefa do Ministério Público Federal em Santa Catarina, que coordena as investigações relacionadas à Operação Alcatraz, ajuizou mais três denúncias no começo da noite da quarta-feira (03) envolvendo 15 pessoas pelos crimes de peculato, fraudes em contratos e lavagem de dinheiro. Além de pedir a imposição de multa penal a todos os que forem condenados, o MPF solicita ainda à Justiça Federal que os denunciados devolvam atualizados monetariamente os R$ 21.822.338,99, obtidos por meio das fraudes na licitação e subsequente contrato e seus aditivos. O pregão presencial fraudado, deflagrado pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, tinha como objeto a contratação de empresa especializada para implantação de uma solução integrada de Sistema Informatizado para a Assistência à Saúde e Gestão de Desempenho. Entre as 15 pessoas denunciadas da organização criminosa, estão dois ex-secretários de Estado de Santa Catarina, empresários, operador financeiro de agente político e familiares beneficiários do esquema. Parcela significativa dos valores desviados foi movimentada para empresas de fachada e empresa de tecnologia, para ocultar os pagamentos indevidos e distanciar os reais beneficiários dos valores. O MPF requereu ainda à Justiça, na denúncia, condenação no valor de R$ 74.831.721,38 para reparação dos danos causados à União e ao Estado de Santa Catarina, bem como pela prática reiterada de lavagem de dinheiro.