Dois anos após ter ocorrido o atropelamento que vitimou Eliseu Miguel Rieger de 44 anos na BR-158 em Cunha Porã, a Polícia Civil concluiu o inquérito policial que apurou o acidente. De acordo com o Delegado João Luiz Miotto, responsável pela condução dos trabalhos, no momento em que o acidente ocorreu, Clarice Kreuz de 30 anos, se apresentou como a condutora da camioneta Toyota Hilux de Cunha Porã, e que seu companheiro Alcindo Osvaldo Kretzler de 58 anos lhe acompanhava no banco do carona. Contudo, por meio das investigações que se seguiram, ficou constatado que no momento da fatalidade, Clarice estava na cidade de Maravilha e se deslocou até o local do acidente após receber telefonema do companheiro. Ainda segundo a polícia, o homem possuí problemas de visão e está impedido de dirigir a noite em rodovias. Diante dos fatos apurados, Clarice foi indiciada por auto-acusação falsa e fraude processual, por ter assumido falsamente a autoria do crime e por ter agido com intuito de induzir o judiciário ao erro. Á Alcindo foi indiciado por homicídio doloso com dolo eventual, por ter assumido o risco de produzir o resultado do acidente ao ter dirigido a camioneta a noite em alta velocidade, estando ciente de seus problemas de visão e restrições para dirigir.