Três mortes em questão de horas, em um único dia, perdidas pela Covid-19. Entramos de vez nas estatísticas terríveis que assolam vários Estados. Quando é que iriamos imaginar que perderíamos 14 pessoas para um vírus, que lá em março parecia estar tão distante de nós? A realidade que vemos diariamente nos noticiários, que muita gente ainda acha que é exagero, agora está aqui, junto de nós.
Um momento em que nem velório é possível. Não é permitido nem a despedida! Hoje se foram três homens, três xanxerenses. São três famílias que choram, mais todos os amigos e conhecidos. Se você ainda acha que as medidas não devem ser cumpridas, está na hora de acordar.
Se a gente que está longe já sente pela morte, pensem a equipe médica. São três pacientes que eles perderam em um único dia. Os bravos guerreiros da medicina, seja médicos, enfermeiros, técnicos estão se sobrecarregando e pelo que se percebe a luta está só começando.
O ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, informou em entrevista a veículo de comunicação de Santa Catarina, que nosso Estado ainda vai enfrentar muitas perdas, até meados do mês de agosto. Que a curva parece não baixar tão brevemente e que as medidas precisam ser seguidas à risca. Corremos o risco de ficar sem atendimento, não somente para os casos de Covid, mas problemas cardíacos e emergências de toda a natureza.
Os cuidados precisam ser redobrados e precisa ser de todos, caso contrário os números de mortes em Xanxerê só vai aumentar. Sabe-se que há poucos profissionais, poucos medicamentos e não há sistema que aguente a demanda. A realidade infelizmente é essa e o que devemos evitar é que cenários como os vistos em outros países não vire nossa realidade.
De fora, parece que demoramos para perceber que estamos em área de risco gravíssimo para a contaminação e que o problema não é da região. Xanxerenses estão ocupando a maioria dos leitos de UTI e enfermaria do hospital. O Centro de Triagem chega a atender mais de 150 pessoas por dia, ou seja, o negócio está ficando cada vez mais preocupante.