O prefeito Avelino Menegolla até tentou amenizar a preocupação dos xanxerenses quanto à classificação do município, pelo Estado, como área de risco gravíssimo para a contaminação pelo novo coronavírus. Em coletiva de imprensa, Menegolla, afirmou que Xanxerê não está em colapso e sim a região. Bom, se só temos um hospital público, referência para os casos da Covid-19, se nele há dez leitos de UTI e 15 de enfermaria, dos quais 13 vagas estão sendo ocupadas por xanxerenses; se o hospital atende ainda uma comunidade de mais de 180 mil habitantes; como é que Xanxerê não está entrando em colapso?
Talvez a comunidade esteja fazendo muito alarme por pouca coisa, afinal estamos tendo o respaldo de pessoas conhecedoras da saúde, das dificuldades na área e de como resolvê-las, mas mediante tantas notícias da situação do novo coronavírus pelo Brasil, que não há quem não se preocupe ou tema em ficar sem uma vaga no hospital, caso venha a precisar.
Não há como negar que a comissão envolvida na questão da Covid-19 em Xanxerê, está fazendo das tripas coração para resolver as questões, para tomar as decisões. Isso não se questiona, pelo contrário, merecem todo o reconhecimento. No entanto, não há como conter a preocupação de uma parcela da população e a despreocupação de outra parcela, que mediante o afrouxamento das regras pode estar facilitando a propagação do vírus.
O uso de máscara é obrigatório em Xanxerê, em qualquer lugar, que dirá na “casa do povo” – a Câmara de Vereadores. Pois bem, na última sessão Morde & Assopra foi questionada pela atitude de três vereadores que ao fazer o uso da tribuna, simplesmente tiraram a máscara. Detalhe – o microfone é usado por todos. E o exemplo fica onde? E ainda teve vereador que quis justificar o não uso porque o colega não usou! Aff.