O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou o desbloqueio das contas bancárias do PL após o partido pagar uma multa de R$ 22,9 milhões estabelecida pelo ministro.
O pagamento da multa foi concluído na última quarta-feira. Após quitar a dívida, o PL ficou com quase R$ 2,6 bilhões na conta. Moraes autorizou que esse valor seja liberado para o partido e, também, que a sigla volte a receber os depósitos mensais do Fundo Partidário.
A pena de Moraes foi aplicada depois de o PL apresentar uma ação ao TSE pedindo a anulação dos votos de urnas eletrônicas de modelos anteriores a 2020 que foram utilizadas nas eleições do ano passado. O partido alegou ao Tribunal que ocorreram falhas insanáveis nos aparelhos que colocaram em risco o resultado do pleito.
Moraes, contudo, considerou que o PL agiu por litigância de má-fé, que ocorre quando uma das partes em um processo judicial age com deslealdade, altera os fatos ou atua para conseguir um objetivo ilegal. O presidente do TSE classificou o pedido do partido como “esdrúxulo e ilícito, ostensivamente atentatório ao Estado democrático de Direito e realizado de maneira inconsequente com a finalidade de incentivar movimentos criminosos e antidemocráticos”.
“Os argumentos da requente são absolutamente falsos, pois é totalmente possível a rastreabilidade das urnas eletrônicas de modelos antigos. A democracia não é um caminho fácil, exato nem previsível, mas é o único caminho, e o Poder Judiciário não tolerará manifestações criminosas e antidemocráticas atentatórias ao pleito eleitoral”, frisou Moraes.