Seu Valcir Rodrigues de Oliveira levou um susto quando foi até o cemitério de Xanxerê neste fim de semana, a fim de verificar um jazigo da família que estava em obras. Ao chegar ao local, ele encontrou no terreno, que há mais de 40 anos é da família, uma construção toda fechada, sem gaveta alguma para a entrada de caixão, muito menos o espaço destinado para que se possa sepultar uma pessoa. Há um outro jazigo a menos de 15cm de onde seriam as portas do seu túmulo, a quais foram todas fechadas de tijolos e rebocadas. Ele havia contratado os serviços para construção da obra, a qual teve um custo de R$ 3 mil, retirou e pagou as taxas de licenciamento para a construção no local. Porém, o trabalho ficou longe do combinado. Valcir buscou, nesta segunda-feira (09) informação no setor de Obras, da Prefeitura e um representante o acompanhou até o cemitério. Lá constataram que não há condições alguma de utilizar o jazigo da forma como está e apenas relataram a ele que havia uma determinação judicial para que o proprietário do terreno ao lado construísse de tal maneira. “ Eu nunca vi juiz determinar uma construção assim, eu acho que é coisa da Prefeitura”, acrescenta Valcir. A solução apontada pela administração municipal ao morador foi a de que estarão entrando em contato com a família de um túmulo que há nos fundos do de seu Valcir, solicitando autorização para remover o corpo e então abrir espaço para que sejam feitas as gavetas do jazigo de Valcir na parte dos fundos. Inconformado, Valcir registrou um Boletim de Ocorrências e vai entrar contra a Prefeitura por danos morais, já que até que uma solução não seja tomada ele está impossibilitado de enterrar seus familiares no jazigo da família.
Por: Joimara S.Camilotti