Apesar de ter um pequeno crescimento na última pesquisa divulgada pela RIC TV Record de Santa Catarina, a condição de Gelson Merisio (PSD) ainda é muito preocupante e sua candidatura não vem encontrando simpatia no eleitorado catarinense. Merisio, que em outras pesquisas não navegava nas casas dos 7 e 8%, apareceu nesta recente pesquisa com 10% da preferência do eleitorado. O problema de Merisio foi o crescimento dos seus outros principais concorrentes, principalmente o de Paulo Bauer (PSDB) que aparece liderando em dois cenários e num terceiro tecnicamente empatado com Espiridião Amin (PP). Fazendo uma leitura rápida da pesquisa divulgada pela RIC, nota-se que Amin não consegue transferir seu eleitorado para Merisio, com quem o PP fechou acordo para as eleições de outubro. Quando Amin sai da disputa parte de seu eleitorado migra para a candidatura de Bauer e, outra parte, aumenta consideravelmente o número de indecisos e isso é um fator preocupante para Merisio. Vale lembrar que muitos desses progressistas estiveram ao lado de Bauer nas últimas eleições estaduais e podem, desrespeitando uma decisão partidária, apostarem na candidatura do Tucano ao governo catarinense. Bauer sim parece ter sua posição consolidada. Nas outras pesquisas o senador aparecia na casa dos 22% e nesta última da RIC teve um leve crescimento e em algumas situações atingiu a casa dos 25%. Caso esses números se confirmarem em outubro estaria num eventual 2º turno. Enquanto isso Merisio luta para superar esta casa dos dois dígitos nas pesquisas, pois só consegue superá-los em combinações improváveis de candidaturas. As definições só acontecerão em agosto, mas com a aproximação da data final as manobras políticas irão se intensificar e nem a candidatura de Merisio está 100% assegurada. Nomes como os de Amin e de Colombo não querem colocar seu nome em disputa numa eleição com grandes chances de fracassar, por isso podem trabalhar uma coligação que possa garantir suas eleições ao senado, que é o grande sonho destes tradicionais políticos catarinense. Enquanto isso o PSDB trabalha na candidatura de Bauer que parece cada vez mais irreversível. O senador tem uma condição muito favorável já que lidera em vários cenários. Além disso, em um provável 2º turno entra com uma vantagem muito grande, já que o desgaste promovido por Merisio com os Emedebistas transforma os tucanos em válvula de escape de qualquer uma das candidaturas derrotadas no primeiro turno. Simplificando! Caso Bauer vá para o segundo turno com o MDB, eleitores de Merisio e Amin tendem a votar no tucano e o mesmo acontece se Merisio for para o segundo turno com Bauer. Os emedebistas não pensarão duas vezes em votar no candidato do peessedebista.