Um médico de 56 anos foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de homicídio de um bebê de apenas 05 meses de vida. De acordo com a Polícia Civil, os pais da criança procuraram às autoridades ao desconfiar que o filho poderia ter morrido em razão de um erro médico em Chapecó. Diante dos fatos, a DPCAMI instaurou um inquérito para apurar o caso. Segundo a polícia, no transcurso das investigações, as equipes esbarraram em diversas barreiras que dificultaram o andamento dos trabalhos. Isso pois demandava necessidade de conhecimentos em medicina e necessitava apoio do hospital onde o caso ocorreu. No entanto o hospital se negou a fornecer o prontuário médico da criança, o que obrigou a polícia acionar o Poder Judiciário e Ministério Público para poder realizar a colheita de provas e dar andamento nas investigações. Diversas pessoas entre profissionais da saúde que atenderam a criança, pacientes e pesquisas de medicamentos e perícias foram realizadas, sendo concluído pela polícia que não se tratava exatamente de um erro médico, mas sim de um descaso reiterado praticado pelo médico L.R.V.M. que provocou a morte da criança. Ainda segundo a Polícia, o médico atendeu a criança de forma desidiosa (preguiçosa), tendo receitado medicamentos sem atentar para o histórico de intervenções feitas pela mãe e também comunicadas pela equipe de enfermagem no prontuário da vítima. Esta atitude acabou resultando na morte do bebê em virtude de superdosagem de um antitérmico. Diante dos fatos, o médico assumiu com esta conduta o risco de causar o resultado da morte, sendo ele indiciado pela prática de homicídio doloso.