Um médico estrangeiro, que atua como clínico-geral, foi condenado a uma pena de cinco anos, cinco meses e 10 dias de reclusão por abusar sexualmente de duas de suas pacientes em Chapecó. Além da pena de prisão, o médico foi ordenado a pagar uma indenização de R$ 50 mil a cada vítima, como forma de reparar os danos sofridos.
O médico, que também enfrenta condenações anteriores por outros crimes, cumprirá sua pena em regime fechado devido à gravidade do delito. No entanto, devido ao preenchimento dos requisitos legais, ele terá o direito de recorrer em liberdade.
As denúncias que levaram à condenação apontam que os abusos ocorreram em dois momentos distintos: o primeiro em julho de 2015, quando o médico trabalhava em um posto de saúde, e o segundo em setembro de 2018, em uma clínica popular onde atuava como clínico-geral e otorrinolaringologista, especialidade que exercia em seu país de origem.
Segundo relatos das vítimas, o médico realizou toques inapropriados em suas partes íntimas, justificando-os como “procedimento padrão”. No segundo caso, ele foi ainda mais longe, chegando a introduzir a mão no órgão genital de uma paciente que procurava tratamento para problemas no nariz.
O magistrado da 1ª Vara Criminal da comarca de Chapecó, responsável pelo caso, destacou que não há dúvidas quanto à veracidade das acusações, uma vez que as vítimas confirmaram os abusos, que ocorreram sob o pretexto de exames médicos. Ele ressaltou que a palavra das vítimas desempenhou um papel crucial na obtenção da condenação, já que crimes dessa natureza geralmente carecem de testemunhas oculares.
Nesse contexto, o juiz enfatizou a importância de as vítimas terem a segurança e a firmeza para relatar tais abusos, garantindo que crimes desse tipo não fiquem impunes. A condenação do médico serve como um lembrete de que a justiça está pronta para agir contra aqueles que cometem tais atos hediondos.