O júri inicialmente agendado para o dia 2 de dezembro, na comarca de Chapecó, aconteceu na segunda-feira (09). A remarcação atendeu a um pedido do advogado de defesa que atuou em outro longo julgamento três dias antes da primeira data. Este foi o segundo caso de feminicídio julgado consecutivamente na comarca. Desta vez, o acusado, um homem de 52 anos, foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão (no regime fechado) mais oito meses e cinco dias de detenção (no regime semiaberto). Ele ainda teve negado o direito de recorrer em liberdade. A condenação foi por homicídio qualificado por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio (16 anos e quatro meses), ocultação de cadáver (1 ano e dois meses) e fraude processual (8 meses e cinco dias). Os debates se estenderam por mais de 12 horas. O conselho de sentença foi formado, em sorteio, por cinco mulheres e dois homens. Na acusação atuou a promotora de Justiça, Marta Fernanda Tumelero. Os advogados de defesa foram Alexandre Santos Correia Amorim e Carlos Eduardo da Rocha. A sessão foi presidida pelo juiz substituto Édipo Costabeber. De acordo com a denúncia, o companheiro sentia ciúmes da vítima que tinha 29 anos de idade. Foi por volta de 6h40 do dia 27 de abril de 2018, no loteamento Zanrosso, na Grande Efapi, a mulher foi morta com quatro golpes de faca. O acusado enrolou o corpo num lençol e, de carro, levou até uma estrada que dá acesso a uma comunidade rural de Chapecó. O homem ainda limpou a casa e lavou as roupas sujas de sangue.
Ass.Com/MPSC