A mulher de 24 anos que foi presa suspeita de atear fogo e matar o filho recém-nascido, ela afirmou em depoimento que cometeu o crime porque estava com muita vergonha de ter a gravidez descoberta. Ao delegado do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), ela contou que ninguém podia saber da gestação. Durante o interrogatório, ela revelou que o pai dela mora no exterior e que sua mãe vive acamada. Por isso, não receberia bem a notícia da gestação. A delegacia ainda não confirmou as informações fornecidas pela suspeita e não sabe quais os problemas de saúde que a avó do bebê supostamente possui. O crime foi descoberto na quarta-feira (12), após um pedestre ver um cachorro arrastar o corpo carbonizado por uma Rua em Anápolis. Câmeras de segurança flagraram o momento em que a mulher desce do carro com o filho em uma caixa de papelão e entra no lote baldio. Em seguida, ela pega um galão com álcool para atear fogo no corpo da criança. Em depoimento, o namorado da mulher contou que, ao saber da gravidez, eles decidiram realizar um aborto e que ela mentiu que havia dado certo, o rapaz também será investigado para confirmar se tem envolvimento no crime. O delegado completa que a jovem diz ter escondido a gestação com cintas para pressionar a barriga e chorou durante o interrogatório, mas estava convicta em sua decisão em não ter o filho. O bebê que teria nascido há cerca de uma semana, poderia estar vivo antes de a mãe atear fogo, segundo ela, ele estava com corpo quente quando o colocou na caixa de papelão. A comprovação só poderá ser feita após o laudo cadavérico feito pelo Instituto Médico Legal (IML), que deve ficar pronto em até 15 dias. De acordo com a Polícia Civil, a localização da mãe foi feita de forma rápida, entre outros fatores, porque o menino ainda estava com a pulseira usada em hospitais para identificar crianças.