A Justiça da Comarca de Mondaí, condenou 16 pessoas por fraude em leite cru, citadas nas Operações Leite Adulterado 1 e 2, ocorrida em agosto de 2014, após investigações realizadas pelo Ministério Público com apoio do GAECO. Na época dos fatos, foram cumpridos 20 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão, sendo um deles em Vista Alegre, no Rio Grande do Sul, em uma filial da indústria de laticínios. Parte do leite era adulterado em território gaúcho, enviado para a sede da empresa, em Mondaí e era distribuído para o RS ou São Paulo. Os sócios-gerentes da Laticínios Mondaí, Irineu Otto Bornhold e Vilson Claudenir Jesuíno Freire, comandantes do esquema criminoso, foram condenados, cada um, a 16 anos de prisão em regime fechado por adulteração de produtos alimentícios, crimes contra as relações de consumo e falsidade ideológica. Alexandre Pohlmann, gerente da empresa e da organização criminosa, foi condenado a 13 anos e meio de prisão em regime fechado. Ricardo Maurício Pereira, André Aires Chiesa, Willian Arones, Zenair Tonezer, Genoir Costacurta, Daniel Borin, Cristiano Cecon, Daniel Strieder, Estefan Rodrigues Martins, Odirlei Polis, Sidnei Gaiardo, Marcelo Behling e Alex Júnior Fagundes da Rosa foram aplicadas penas entre dois e 11 anos de prisão, variando entre os regimes semiaberto e fechado. De acordo com a justiça, o grupo adicionava soda cáustica e peróxido de hidrogênio ao leite cru, já dentro dos caminhões, para mascarar o padrão de qualidade tanto para os fiscais agropecuários como para os destinatários finais, como as empresas Nestlé e Danone, em São Paulo. Existia ainda um sistema de alerta de fiscalização e formas de armazenar clandestinamente os insumos para a adulteração.