O delegado Felipe Silva de Souza, da Polícia Civil de Palmas/PR, informou sobre uma importante investigação internacional que chegou até um menor de Palmas considerado líder de uma rede que planejava ataques a escolas e outros crimes contra a vida no Brasil. As informações foram apuradas na tarde da última quarta-feira (02). Os ataques em escola ganharam repercussão também no estado catarinense, depois que um jovem de 18 anos matou cinco pessoas em uma escola em Saudades, no dia 04 de maio. O delegado Felipe informou que a investigação começou no Departamento de Investigação de Crimes Cibernéticos dos Estados Unidos, que comunicou a embaixada brasileira, e o Ministério da Justiça, que contatou a Polícia Civil do Estado do Paraná, por meio do Departamento de Investigação de Crimes cibernéticos e a Delegacia responsável do município de Palmas. O delegado disse que devido a gravidade da informação, foi realizada uma força tarefa e na tarde de quarta-feira (02), já com mandados de busca e apreensão foi possível localizar o menor. Foram apreendidos computadores, celulares e equipamentos eletrônicos na casa dele e encaminhados para a delegacia. Em depoimento, o jovem confessou tudo o que constava das denúncias levantadas pela polícia americana. O menor informou que ele se considerava um “ALFA”, espécie de líder de uma rede na internet onde orientava os demais participantes de como planejar crimes e ataques contra escolas. Ele relatou, inclusive, que orientava um dos participantes sobre como deveria agir para matar a própria mãe. Conforme o delegado, ele disse ter preconceitos contra homens negros e homossexuais, que admira o “Guilherme” autor de ataque à escola em Suzano/SP e que mantinha material impresso sobre o assassino. Ele relatou que não admira a pessoa de “Hittler”, mas que admirava sua ideologia. Perguntado sobre Judeus em campos de concentração, respondeu que “se estavam lá era porque mereciam”. O delegado informou que ele é frio e muito perigoso, com uma mente extremamente criminosa. O depoimento dele já foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário de Palmas, onde deverá ser ouvido e a Justiça deverá decidir o que será feito, já que a Polícia considera que ele solto representa muito perigo, pela frieza e pela determinação em realizar crimes. Todo o material apreendido foi encaminhado para a perícia. Quanto a possível participação de mais pessoas em Palmas, ele disse que não conseguiu arrebatar seguidores, concentrando suas maiores bases em São Paulo e no estado do Pará e que se comunicava com os seguidores através de códigos, que demonstrava respeito por ele e sua periculosidade. A Justiça deve se manifestar em breve sobre o destino do menor, que não teve idade nem endereço em Palmas divulgado por questões de segurança de sua família.