Escapou. Por um gol, um mísero gol, o Inter viu o tetracampeonato do Brasileirão se esvair entre os dedos, na noite da quinta-feira (25). Contando com a derrota do Flamengo no Morumbi, os comandados de Abel Braga lutaram além do minuto final, acréscimos adentro, mas não conseguiram sair do 0 a 0 com o Corinthians no Beira-Rio. Com isso, o time acabou com a segunda e indesejada colocação.
O jogo começou com o time nervoso. Podendo conquistar o título, os jogadores colorados não conseguiam superar a marcação corintiana. Em paralelo, o Flamengo pressionando o São Paulo no Morumbi. Tanto que, precisando vencer, foi o Inter que levou o primeiro susto do jogo, quando a bola sobrou para Ramiro e ele acertou a rede do lado de fora da goleira defendida por Marcelo Lomba. Um susto. As coisas, porém, começaram a mudar no terço final do primeiro tempo. Aos 30, após bobeada da defesa corintiana, Moisés levou o ataque à ponta esquerda e cruzou. Ramiro vinha na marcação e conseguiu cortar, mas com o braço. O árbitro Wilton Pereira Sampaio marcou pênalti na hora, fazendo a expectativa ir às alturas na beira do Guaíba. Só que aí começou aquela demora e após longos quatro minutos, o juiz foi ao VAR e voltou da tela decidido a anular o pênalti. Apesar do banho de água fria, o Inter seguiu mais disposto na partida, ainda que as chances claras teimavam em não aparecer. Para complicar as coisas, o capitão Rodrigo Dourado desabou no gramado aos 41 e precisou ser substituído por Rodrigo Lindoso. Em meio a um confronto equilibrado Patrick, então, resolveu brilhar. Aos 43, ele recuperou a bola na intermediária e foi deixando a marcação para trás. Levando para o meio, deu o toque para Yuri, que fintou a marcação e, na sequência, tirou de Cássio para marcar um golaço. Mas ele estava em impedimento e o que era festa virou frustração outra vez. Frustração e reclamação – bastante – por meio de gritos do presidente Alessandro Barcellos à arbitragem no momento da descida ao vestiário.