Em sessão do tribunal do júri da comarca de Joinville, um homem foi condenado a 19 anos de prisão por homicídio qualificado com recurso que dificultou a defesa da vítima, meio cruel e falsa identidade. A ex-companheira do réu, também arrolada no processo e recolhida ao sistema prisional da cidade de Piraquara no Paraná, foi absolvida dos crimes contra a vida. Ela passará a cumprir a pena por falsa identidade de três meses em regime aberto com limitação aos finais de semana. Neste caso, o conselho de sentença seguiu a orientação do Ministério Público. Uma carta romântica anexada aos autos, enviada pelo ex-companheiro à esposa, em que assumia a autoria do crime, foi crucial para a reviravolta no caso. Porém, em nenhum momento durante o julgamento, o homem confessou o assassinato. Desde a prisão dos dois, o casal mantinha a mesma defesa e tese de que haviam viajado no dia do crime. Somente após a constituição de novos advogados as divergências surgiram. O crime ocorreu em dezembro de 2018 no Bairro Vila Nova. A vítima foi morta com 19 facadas, dentro da própria casa, situada no mesmo quintal do réu. O casal se apresentava com identidade falsa, pois o homem já era foragido da justiça. A motivação do crime não foi totalmente elucidada, porém, há suspeitas de envolvimento com uso de entorpecentes.
(TJSC)