Foram mais de oito horas de julgamento até que fosse proferida a sentença condenatória a um homem acusado de matar a esposa no dia 7 de janeiro de 2020, no interior do município de Quilombo. Sua pena foi fixada em 21 anos e quatro meses, em regime fechado, por homicídio qualificado (feminicídio). Além disso, ele cumprirá mais dois anos e sete meses no regime semiaberto por fraude processual e posse irregular de arma de fogo. A sessão foi presidida pela juíza Jaqueline Fatima Rover, lotada na Vara Única da comarca de Quilombo. O representante do Ministério Público foi o promotor de justiça, Diego Roberto Barbiero. A defensora do réu foi a advogada Silvia Rejane Sciega. De acordo com a denúncia apresentada, a vítima sofria violência doméstica há algum tempo. Enviava fotos dos ferimentos para a irmã e a mãe e relatava ameaças. As brigas iniciaram após ele descobrir conversas da vítima, por mensagens de celular, com um ex-companheiro. Na ocasião, o réu quebrou o aparelho telefônico da esposa. Na madrugada em que ocorreu o homicídio, o acusado acertou um tiro no pescoço da vítima. A filha do casal, de dois anos de idade, estava na residência. A mulher foi socorrida, mas chegou sem vida ao hospital. A cena do crime foi alterada entre a chegada da polícia e a realização da perícia. O homem retirou objetos e reposicionou móveis. Ele ficou foragido por mais de um ano e foi preso no Paraná.
(TJSC)