O Governo Municipal e a Defesa Civil de Abelardo Luz divulgaram na manhã desta quarta-feira (26), o relatório final dos danos causados pela chuva torrencial que atingiu o município no período de 10 a 12 de outubro. Conforme projeção da Epagri/CEPA, as perdas na produção agrícola chegam a R$ 11 milhões, com área afetada de 1,5 mil hectares, principalmente nas culturas milho e fumo. Já na pecuária abelardense, as perdas podem chegar a R$ 450 mil, muito em conta da redução da produção de leite e a impossibilidade do transporte do produto no período em que houve bloqueio em estradas afetadas pela enchente. Conforme relatório, não há como precisar a perda total no setor, visto que a atividade continua sendo afetada pelo mal desenvolvimento da pastagem em decorrência do clima. Desde que a chuva cessou, o Governo Municipal intensifica os serviços de recuperação de estradas afetadas pela enchente, principalmente para normalizar o escoamento da produção agrícola. Conforme levantamento do departamento de Infraestrutura, mais de 60% das estradas municipais necessitam de reparos, sendo que já foram executados cerca de 40 consertos e desobstrução de bueiros e pontes de pequeno porte, além de atuar em três frentes simultâneas de recuperação das vias e acessos às propriedades. O Prefeito Nerci Santin avalia a situação das estradas como prioridade neste momento. Conforme relatório final da Defesa Civil, a enchente também trouxe prejuízos materiais em domicílios, tanto na cidade quanto no interior, onde 40 casas foram alagadas, destas 27 registraram perdas mais significativas, principalmente com mobílias. No total, mais de 450 pessoas foram afetadas, sendo que cerca de 90 famílias ficaram isoladas no período de maior precipitação de chuva. O Governo Municipal, em conjunto com a Defesa Civil, irá encaminhar o relatório oficial para a esfera estadual e federal, o que possibilita angariar recursos para custear os prejuízos no município. Decreto Emergencial também foi publicado no último dia 11 de outubro, em reconhecimento ao momento crítico vivido pelo município. Ações emergenciais desenvolvidas pelo Governo Municipal e Defesa Civil: durante a enchente, a Defesa Civil contratou de forma emergencial caminhão de frete para auxiliar as famílias na retirada de mobílias, eletrodomésticos e utensílios gerais das residências com risco de inundação. Foram realizados 20 fretes neste sentido, pagos pela Defesa Civil. O Ginásio de Esportes Vilson Kleinubing foi reservado pela Defesa Civil como ponto de abrigo para as famílias atingidas e também para depósito das mobílias retiradas das casas, onde a equipe da Administração Municipal providenciou estoque de alimento caso fosse necessário. Porém, conforme a Defesa Civil, apenas uma família, um pai e três filhos, buscaram abrigo, os demais afetados optaram por ficar em residências de vizinhos ou parentes. Trinta e nove cestas básicas foram adquiridas pela Defesa Civil e distribuídas após a enchente para as famílias que precisaram sair de suas casas. O levantamento e distribuição foi executado pela Assistência Social.