Quem acompanhou as redes sociais nos últimos dias, percebeu uma grande incidência de comentários falando sobre o filme O Gato de Botas e, especialmente, uma cena vivenciada pelo Gato e seu amigo cachorro, Perro. O Gato de Botas descobre que a sua busca constante pela aventura teve um preço um tanto alto, pois já gastou oito de suas nove vidas. Sendo assim, ele parte em uma jornada épica para encontrar a lendária Estrela dos Desejos, capaz de restaurar suas nove vidas.
O Gato de Botas enfrenta a morte desde o início da jornada e ele quase morre. Essa experiência causou um trauma tremendo no Gato. A cena em evidência, comentada pelos internautas, é quando ele tem uma crise de ansiedade. O que pode ser observado na cena, são dois sintomas em evidências, como a arritmia cardíaca, que faz com que se tenha muita dificuldade em respirar e o outro é que ele não consegue focar na realidade para conseguir voltar ao normal. O Gato só consegue acalmar quando seu amigo Perro se aproxima e passa segurança, tranquilidade e faz com que ele volte à realidade retomando aos poucos a respiração.
Percebemos então, que o medo da morte pode ter sido um gatilho para que a crise de ansiedade ocorresse, e ela é muito grave, precisa ser tratada, pois pode vir a se tornar constante, trazendo prejuízos à vida do indivíduo. Uma crise de ansiedade pode passar a uma crise de pânico. A crise de pânico é um acesso intenso de medo ou desconforto, que alcança um pico em minutos e, ocorrem quatro os mais dos seguintes sintomas:
» Palpitações;
» Elevação da pressão arterial;
» Taquicardia;
» Dor ou desconforto torácico;
» Sudorese;
» Náuseas;
» Desconforto abdominal;
» Tremores;
» Instabilidade emocional;
» Vertigem e/ou desmaio;
» Sensação de falta de ar;
» Calafrios ou ondas de calor;
» Sensações de asfixia;
» Medo de perder o controle ou enlouquecer;
» Medo de morrer.
Se a pessoa não for tratada, pode vir a desenvolver agorafobia, que são comportamentos de evitação e fuga de lugares que estejam associados ao medo de ter outra crise. O paciente passa a evitar, por exemplo, passar por túneis ou pontes, andar de carro, ônibus ou avião. Nos casos mais graves, recusa-se a ficar sozinho ou sair de casa, limitando assim sua mobilidade e autonomia e afetando sua vida como um todo.
Podemos perceber, o quanto a ansiedade pode prejudicar uma pessoa e a causar consequências em sua vida. Se você percebeu que algo não está legal, procure um profissional para que ele possa tirar suas dúvidas.
Não deixe de cuidar da sua saúde! Você é o seu bem mais precioso.
Denise Panisson
Psicóloga Clínica e Orientadora Parental
CRP 12/22432
Contato (49) 99809-3303