O Ronda Policial foi procurado ainda na terça-feira (31), por representantes de uma empresa prestadora de serviços da Prefeitura de Xanxerê onde a mesma apresenta uma séria denúncia contra o executivo municipal, na pessoa do Prefeito Avelino Menegolla. De acordo com o procurador da empresa Flash Serviços de Chapecó, a mesma tem sido prejudicada pela administração de Xanxerê por se recusar a participar de um suposto esquema de contratação de laranjas. Segundo o representante da empresa, que presta serviços na área da limpeza, cozinha e zeladoria para a Prefeitura de Xanxerê, logo que venceu um processo licitatório ainda em 2019, foi procurada para que efetuasse a contratação de 10 pessoas previamente indicadas pelo vereador Adriano de Martini (PT) para o executivo, como forma de assegurar troca de favores e apoio político à Prefeitura junto à Câmara de Vereadores. Ainda segundo a empresa, passado certo período outro pedido de contratação teria chegado por parte da Prefeitura de Xanxerê, onde o executivo estaria solicitando para que a empresa realizasse a contratação de um empresário e ex-vereador de Xanxerê, onde o mesmo deveria ser registrado e receber sem trabalhar uma remuneração de mais de R$ 2 mil mensais, pois o mesmo teria uma dívida em haver do próprio Prefeito Avelino Menegolla. Ainda em relatos à reportagem do Ronda Policial, o representante da Flash Serviços, afirmou que nunca teve problemas com recebimento de seus valores contratuais por parte da Prefeitura, contudo em janeiro de 2020, por ser empresa de pequeno porte que conta atualmente com 52 funcionários, houve o atraso no pagamento de 10 colaboradores, justamente aqueles que seriam indicações do vereador petista. Este atraso no pagamento causou publicamente a revolta do vereador que de tribuna criticou a falta de pagamento dos funcionários que tempo mais tarde após ter a situação salarial regularizada em reunião com o sindicato da categoria, acabaram desligados da empresa. Ainda segundo relatos feitos ao Ronda Policial, a empresa ao se recusar a participar do esquema fraudulento para contratação de laranjas passou a sofrer penalidades por parte da administração municipal que em nova licitação realizada neste ano de 2020, teria segundo o representante da empresa, buscado encontrar “um jeitinho” de exclui-la do processo licitatório da modalidade de menor preço onde ela novamente foi a vencedora. Um recurso impetrado pela 4ª colocada na licitação estaria obrigando a vencedora que ainda presta serviços até o final deste mês de abril ao município, a ser desclassificada. Ainda segundo o empresário chapecoense, mesmo que se fosse não ter preenchido todos os pré-requisitos exigidos no edital, o poder público não estaria seguindo o rito, de excluir a primeira colocada após destinar a ela prazo de recurso, e então chamar a segunda colocada, e teria a prefeitura excluído automaticamente a primeira, segunda e terceira colocada, para efetuar a contratação da quarta colocada no processo licitatório. Cabe destacar ainda, que segundo o procurador da empresa chapecoense, a diferença financeira entre sua proposta vencedora desta licitação para a quarta colocada, é de aproximadamente meio milhão de reais.
Diante da gravidade da denúncia apresentada com entrega de documentos e áudios nos quais a empresa embasa suas alegações, a reportagem do Ronda Policial, protocolou junto ao executivo e também ao vereador citado, informações acerca dos fatos narrados nesta reportagem, deixando claramente aberta a oportunidade às partes para apresentarem suas versões dos fatos. Cabe destacar que a empresa também afirmou ter encaminhado o mesmo material para a Promotoria Pública.
Xanxerê