O ex-prefeito de Tangará Euclides Cruz foi condenado a mais de 13 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva, fraude à licitação e organização criminosa. A condenação é resultado direto da Operação Patrola, desenvolvida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que desarticulou um grande esquema de fraudes em licitações para compra de peças e serviços de manutenção de máquinas pesadas em 39 municípios catarinenses. Com a denúncia apresentando um conjunto probatório detalhado em testemunhos, relatórios de investigação e interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, o Juízo da Comarca de Tangará condenou Euclides Cruz a 10 anos, quatro meses e 10 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, e mais três anos, um mês e 10 dias de detenção, em regime semiaberto. Ao menos três procedimentos licitatórios envolveram irregularidades com a participação do então chefe do Executivo. De acordo com os autos, o modus operandi relacionado à aquisição de peças e contratação de serviços para reparos em máquinas como tratores, escavadeiras hidráulicas e retroescavadeiras começava no contato prévio com empresários. Outros sete réus foram condenados pelos mesmos crimes em Tangará, em decisão anterior, a penas que variam de dois a oito anos de prisão.
MPSC