A agência americana reguladora de medicamentos e alimentos (FDA) autorizou o uso do antiviral remdesivir para o tratamento de pacientes com o novo coronavírus, anunciou na sexta-feira (1) o presidente Donald Trump. O uso deste antiviral feito pelo laboratório americano Gilead Sciences foi aprovado depois que um grande teste clínico mostrou que reduz o tempo de recuperação em alguns pacientes com o novo coronavírus. Foi a primeira vez que um medicamento mostrou eficácia contra a doença. O remdesivir, que é administrado por injeção, já estava disponível para alguns pacientes que se inscreveram ou participaram dos testes. A aprovação permite que seja distribuído muito mais amplamente e usado por adultos e crianças hospitalizadas que estão gravemente doentes. O Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID) divulgou na quarta-feira resultados encorajadores de um teste clínico envolvendo mais de 1 mil pessoas. Esta pesquisa revelou que pacientes hospitalizados com Covid-19 com dificuldade respiratória melhoraram mais rapidamente do que aqueles que receberam um placebo. Especificamente, os pacientes que tomaram o medicamento tiveram um tempo de recuperação 31% mais rápido. Mas, embora não seja considerado uma cura milagrosa, o estudo com remdesivir pode abrir caminho para melhores tratamentos. O remdesivir é incorporado ao genoma do vírus, causando um curto-circuito no processo de replicação. Foi desenvolvido para tratar o Ebola, uma febre hemorrágica viral, mas não aumentou as taxas de sobrevivência como outros medicamentos.