A confirmação do 1º caso de reinfectado pela Covid-19 no mundo, em Hong Kong, pode ter impacto direto no desenvolvimento de uma vacina. A reinfecção indica que a imunidade contra o vírus seria temporária. Assim, uma dose única do imunizante não seria suficiente para garantir proteção por longo prazo. Além disso, quem já teve a doença também teria de receber a vacina. No Brasil, a Universidade de São Paulo (USP) e a Fiocruz investigam 20 suspeitas de reinfecção. O estudo divulgado na segunda-feira (24) por pesquisadores da Universidade de Hong Kong mostra que um homem de 33 anos que contraíra o novo coronavírus em abril testou positivo novamente em agosto, após voltar de uma viagem à Espanha. A segunda infecção, porém, foi assintomática. Isso sugere que, apesar de a exposição prévia não ter impedido a nova infecção, o sistema imunológico pode ter preservado algum tipo de memória do vírus. Há em todo o mundo, sob investigação, vários casos de pessoas que se curaram mas voltaram a testar positivo tempos depois. A reincidência poderia indicar reinfecção ou retorno da mesma infecção após um período de latência. Existem pelo menos dezesseis possíveis casos em investigação pela Universidade de São Paulo (USP), mais quatro no Rio coordenados pela Fiocruz. O caso de Hong Kong, porém, é o primeiro em que se pode afirmar com certeza que se trata de uma reinfecção, porque os vírus foram isolados e sequenciados, o que revelou que pertencem a linhagens diferentes. Essa constatação tem impacto em uma futura vacina e também em outro aspecto crucial da pandemia: a possibilidade de uma imunidade de rebanho.
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CP