Os impasses entre o governo do Estado e a empresa terceirizada que administra o Samu em Santa Catarina pode prejudicar o serviço prestado ao cidadão. Além das questões que envolvem os pagamentos aos trabalhadores do Samu, a ameaça de paralisação de serviços essenciais aprofunda ainda mais a crise. A OZZ Saúde, que opera o Samu no Estado desde 2017, informou que estava prevista a suspensão do sistema de regulação das ocorrências dos atendimentos do Samu em Santa Catarina (CR-SAMU) a partir da meia-noite da quinta-feira (11). O sistema de atendimento, no entanto, não chegou a ser interrompido. O comunicado que aborda a suspensão foi emitido pela empresa nesta quarta-feira (10). O desligamento do sistema acarretaria em um aumento do tempo-reposta, impactando diretamente na qualidade da assistência, além de impossibilitar a análise de dados fundamentais à gerência do serviço. Segundo a OZZ, o sistema de atendimento do Samu estava na iminência de ser desligado por conta da falta de pagamento à empresa que fornece o software. Esse pagamento seria de responsabilidade do Estado. Contudo, quem estaria arcando com os custos desde o início do contrato seria a terceirizada. Em função de repasses insuficientes do Estado o que gerou um desequilíbrio financeiro, a empresa não teria mais como arcar com esses custos. Sendo assim, o pagamento à empresa do software teria sido suspenso pela OZZ. Conforme a terceirizada, o sistema de regulação não chegou a ser suspenso porque o Estado teria feito um acordo com a empresa que opera o software. Informou ainda que deve se reunir com o Estado para tratar dos valores que até então teriam sido custeados pela terceirizada. A OZZ Saúde explicou que no dia 15 de janeiro enviou um ofício à Superintendência de Urgência e Emergência e à Diretoria de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel do Samu alegando que o serviço de internet das Centrais de Regulação era custeado por eles de forma indevida. Também informou no documento que o contrato com a prestadora de serviço de internet seria cortado caso o problema não fosse solucionado pelo Governo do Estado.