Diz o ditado que depois da tempestade vem sempre a bonança, mas ele não parece fazer sentido no dia em que o estamos vivendo no Brasil e em especial em Santa Catarina. No país são mais de 247 mil mortes, sendo que somente Santa Catarina contabiliza 6.988 mortes e é ocupa a quarta posição no ranking que aponta a letalidade da doença no Brasil, ficando atrás somente da Bahia, Minas Gerais e São Paulo. Para os profissionais da área de saúde, o alívio após a redução de casos depois do primeiro pico de infecções durou pouco, e a tempestade voltou com céu ainda mais nublado. Houve um repique da doença (segunda onda) e hospitais estão novamente cheios, faltam leitos de UTI e também medicamentos para sedar e relaxar a musculatura dos pacientes e muita gente está morrendo diariamente. Se conversar com qualquer profissional que atua na linha de frente de enfrentamento à Covid-19, os relatos são unânimes: dificuldades, sofrimento de familiares dos internados e angústia do que ainda estar por vir nesse novo ano. Mas a palavra mais repetida por esses profissionais é exaustão. Diante de um cenário que poderia ser evitado com medidas de cuidados pessoais e coletivos, eles relatam o cansaço físico e mental com o aumento de casos e não escondem a tristeza e até revolta com o comportamento da sociedade.