Um cenário muito diferente do esperado ou projetado para Xanxerê.
Nem mesmo o mais otimista esperaria ver tamanha reviravolta e redução no número de candidatos a prefeito em Xanxerê.
Depois de ter sido registrado seis nomes como candidatos a Prefeito nas eleições de 2020, neste ano serão apenas dois.
Se de um lado, Martarello e Biasus, buscam fazer história na campina tentando a reeleição na qual pela primeira vez o nome do candidato a vice se repete. Do outro quem volta ao cenário é o ex-prefeito Miri. Desta vez pelo PP, tendo ao seu lado a jovialidade de Rogério Boni Jr (PODE).
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Não há como negar, que a desistência da dupla petista, Professor Alessandro e do seu vice Edgar Toldo em concorrer às eleições deste ano, mostram a fragilidade instaurada na ala esquerdista da campina.
Em convenção realizada na noite da segunda-feira (5), os defensores de Lula não conseguiram chegar a um consenso para apontar uma possível candidatura “tampão”, para cobrir o buraco deixado com a desistência da dupla que vinha liderando as prévias petistas. Chama a atenção que Alessandro se quer compareceu na convenção.
Quem também não deu as caras nas convenções municipais, foi o então pré-candidato Édson Marció (PSD). Marció que conforme já vinha sendo alertado e antecipado pelo Pe Louro, dava indícios de desistir da corrida eleitoral, apresentando assim como o petista Alessandro, motivos pessoais e familiares.
A ascensão de Boni Jr, de vereador suplente pelo MDB em 2020, a candidato a vice-prefeito pelo Podemos em 2024, levanta alguns questionamentos, isto pois, há quem diga que o próprio PODE, vinha tendo dificuldades para conseguir dar suporte a seus pré-candidatos a vereador. Já com a desistência de Marció, recaiu sobre o Podemos a missão de tapar o furo, mas mostra na figura de Boni a força e necessidade de mudança e inserir ainda mais o jovem na política local, trazendo na bagagem o nome de uma das famílias mais tradicionais de Xanxerê.
Tem muito liberal descontente com a convenção realizada pelo Partido Liberal em Xanxerê. Isto pois, muitas indefinições nortearam as deliberações do partido. As tretas ocorreram por não haver consenso na indicação e aprovação dos nomes para compor a chapa de vereador. Teve gente e empresários importantes que acabaram ficando de fora da nominata apresentada.
Uma coisa é fato e deve ser avaliada com extrema atenção pela ala liberal de Xanxerê. A desistência de Alessandro a concorrer pelo PT nas eleições deste ano, deixa em aberto um volume expressivo de eleitores, e faz muitos se questionar para onde migrará os votos da militância petista.
Naturalmente se avalia que petistas ou lulistas não devem abraçar a campanha dos liberais e que representam a os bolsonaristas da campina. Deste modo, a tendência natural é de que estes mais de 5 mil votos possam migrar e dar forças para o candidato Ademir Gasparini, que nunca demonstrou ser um ferrenho opositor ao PT.
Para que essa mudança ou migração de votos ocorra, vai ter que haver uma série de mudança de postura desde já por parte de vereadores do PP. Sabe-se bem que Dentinho hoje filiado ao PP, e Evandro Berto presidente municipal dos progressistas, sempre se mostraram ser bolsonaristas.
Ambos travaram muitos embates ferrenhos contra os petistas dentro da Câmara de Vereadores. Será que o discurso vai mudar?
Morde & Assopra