O Deputado Estadual Gelson Merisio poderá encontrar complicações pela frente para atingir seu objetivo de tornar-se o próximo governador do estado de Santa Catarina. Depois de ter sido aclamado como o grande sucessor de Raimundo Colombo para as eleições estaduais de 2018 em ato realizado no último sábado (8), na cidade de Lages. Merisio teve seu nome e assim como de outros membros da cúpula do PSD citados em documentos tornados públicos na tarde desta quarta-feira (12), pelo Supremo Tribunal Federal. Além de Merisio, o próprio governado Raimundo Colombo e outros assessores próximos teriam pedido doações não contabilizadas, o chamado caixa 2 em diversas oportunidades para custear campanhas próprias e de outros candidatos nas eleições de 2010, 2012 e 2014. Os nomes aparecem em dados divulgados na íntegra dos relatos de colaboração premiada dos acordos de leniência de ex-diretores da Odebrecht no âmbito da Operação Lava-Jato. Outros nomes de lideranças pessedistas que aparecem são os deputados Cesar Sousa Jr e José Nei Ascari, os ex-secretários de estado José Carlos Oneda, Nelson Serpa e Ênio Branco. Todos São citados por ex-diretores da construtora, Fernando Reis e Paulo Roberto Welzel. Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental, delatou que foi procurado em 2010 pelo então presidente da Celesc, Ênio Branco, para a empresa realizar doações para a campanha de Colombo, que buscava deixar o senado para assumir o governo do estado, sendo que as doações teriam sido solicitadas para que não fossem contabilizadas. Já Welzel em seu relato, afirmou ter participado de um encontro com Reis, Colombo e Ênio no ano de 2010 na sala VIP do banco HSBC em São Paulo, onde o então governador solicitou o apoio de R$ 2 milhões para sua campanha. Em contrapartida a Casan seria privatizada com provável interesse de participação da Odebrecht Ambiental. Os ex-diretores ainda mencionaram pedidos dinheiro feitos por Ênio Branco e Antônio Gavazzoni para as eleições de 2012, em apoio ao candidato prefeitura de Florianópolis, Cesar Souza Junior, e em 2014 para campanhas dos deputados Gelson Merisio, apelidado de “cunhado”; e José Nei Ascari, chamado de “herdeiro”.
DC