Até o momento, o grande problema era a falta de jogos e os treinos precários. A partir de agora, porém, o obstáculo da Dupla Gre-Nal será justamente o contrário: o acúmulo de partidas e o excesso de viagens que as competições, que estavam represadas e agora estão prestes a voltar, irão impor aos times. A receita para driblar o calendário é aproveitar todos os jogadores do grupo, inclusive alguns jovens das categorias de base, revezando formações diferentes. O excesso de partidas sempre foi uma das grandes dificuldades do futebol brasileiro. Mas ele ficou muito pior em 2020 com a parada das competições desde o dia 15 de março, quando foi disputada a terceira rodada do returno do Campeonato Gaúcho. Nos próximos meses, Grêmio e Inter terão pela frente, além do restante do Gauchão, que recomeça em 23 de julho, o Brasileirão, a Copa do Brasil e a Libertadores, levando os compromissos de 2020 para o começo do ano seguinte.
Nesta sexta-feira, a Conmebol confirmou, após reunião da entidade no Paraguai, que pretende retomar a Libertadores da América em 15 de setembro, estendendo o torneio até janeiro. Na primeira rodada do Grupo E após a parada, o Inter recebe o América de Cali, no Beira-Rio, e o Grêmio vai ao Chile enfrentar a Universidad Católica. Já o Brasileirão, segundo a programação da CBF, começa em 9 de agosto. Se nos últimos três meses, os jogadores colorados e gremistas se restringiram aos treinos físicos, sem qualquer contato entre si, a partir desta segunda-feira eles retomam os coletivos e os trabalhos táticos. E depois que a bola rolar pela primeira vez, não haverá trégua, nem semana sem jogos, até fevereiro, pelo menos.
CP