Faltando 10 dias para as eleições que definirá os rumos da política estadual e nacional, a declaração do candidato ao Governo do Estado de Santa Catarina, Gelson Merisio (PSD) declarando publicamente apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) causou uma verdadeira turbulência no cenário político catarinense. O posicionamento de Merisio, não caiu bem para sua base aliada nestas eleições e pode repercutir negativamente nas pretensões do pessedista em chegar à Casa da Agronômica. Nesta quinta-feira (27), o Podemos por meio de nota oficial informou que deixará a coligação majoritária após o anuncio de Merisio, permanecendo apenas nas coligações proporcionais para deputado federal e estadual. Conforme o presidente do Podemos catarinense, Vilson Sandrini Filho, o partido foi pego de surpresa com o anúncio de Merisio, já que haveria um acordo de que o candidato ao governo não apoiaria nenhum presidenciável no primeiro turno justamente pela diversidade de 15 siglas que compõem a aliança. Três dessas legendas têm candidaturas próprias ao Planalto, incluindo o Podemos com Álvaro Dias, o PDT com Ciro Gomes e o PPL com João Goulart Filho. Há ainda candidatos a vice-presidente, com Ana Amélia (PP), Eduardo Jorge (PV) e Manuela d’Ávila (PCdoB). A Juventude do PDT de SC, também emitiu uma nota de repúdio à decisão de Merisio. Nos bastidores, lideranças ligadas ao presidenciável Jair Bolsonaro relatam que o mesmo deverá se pronunciar afirmando não aceitar apoio de quem está envolvido em denúncias de corrupção ou ao menos foi citado em delação premiada na Operação Lava Jato, o que afeta quase todos os integrantes da chapa majoritária, inclusive Merisio. “Bolsonaro avisou que não quer integrantes do Centrão e de partidos que apoiaram outros presidenciáveis em seu palanque em um eventual segundo turno”. Diante das situações o tiro dado pelo pessedista pode ter saído pela culatra e lhe custa a eleição.
DC