Ainda na década de 90, estreava no cinema nacional um conto de fadas moderno com tons sombrios e fantasiosos.
“Edward Mãos de Tesoura”, era um humanoide que com talento extremo usava as lâminas das tesouras de suas mãos para realizar belíssimos cortes, e esculpir verdadeiras obras de arte. Independentemente de ser plantas ou gelo, Edward dava novas formas e visão ao que para muitos estava abandonado e até mesmo acabado!
Bem, mas em pleno século XXI, Xanxerê parece estar servindo de enredo para uma nova edição desta dramaturgia moderna. Ao menos essa é a visão externada pelo vereador Evandro Saibo (MDB), que usou deste preâmbulo “mãos de tesoura”, para se reportar a maestria do Prefeito Oscar Martarello, ao cortar gastos supérfluos da administração municipal, e aplicar estes recursos na execução de importantes obras para o embelezamento da cidade e principalmente valorização da população xanxerense, que ganha e usufrui destas ações, nas mais diversas áreas, a exemplo, da revitalização da Rua Independência que além de receber nova pavimentação, passou a contar também com faixa de ciclovia.
Presumindo estar bem informado e sob bom assessoramento do “Mestre dos Magos”, teve vereador da campina “soltando os cachorros” e elencando novas graduações a seus colegas.
Falando em Transparência e Economia, Oliveira (Sem Partido), usou da tribuna na sessão da segunda-feira (26), para destilar seu veneno e jogar pedra para todos os lados.
Em certos momentos em sua oratória pouco deturbada e de difícil compreensão, fez acusações indiretas ao governo municipal de Xanxerê, bem como aos vereadores da base aliada do governo.
Com pouca ou nenhuma eloquência, Oliveira deixou na dúvida muita gente a quem ele se reportava, se era ao Prefeito? O vereador licenciado Evandro Berto (PP)? O vereador Saibo (MDB)? Ou até mesmo o vereador Arnaldo Lovatel (PP)?.
Fato é que o Sem Partido, ficou tiririca da vida, depois de receber críticas quanto à forma que tem apresentado seus requerimentos e pedidos de informações ao Governo Municipal.
Enquanto soltava o verbo, Oliveira chegou a elencar novos títulos de graduações a seus pares. Mas o que chamou a atenção foi o novo modal de concurso por ele criado, o CONQUERO. Que ninguém conseguiu compreender.
Da assembleia e nos bastidores teve gente afirmando que faltou ensaio com o “Mestre” para poder ao menos ter uma dicção melhor da fala para transmitir a mensagem que queria passar!
Isto pois, em determinados momentos também rasgou seda e jogou confetes em seu “super-amigo” e companheiro de caserna.
Quem não se calou diante da falácia do Sem Partido, foi Arnaldo Lovatel, que subiu o tom da fala e mostrou, que enquanto atuava como presidente da câmara em 2020, realizou um concurso público junto ao legislativo municipal, seguindo orientações jurídicas e acompanhado do próprio Ministério Público.
Arnaldo foi ainda mais além! Desafiou a qualquer um dos vereadores ou quem quer que seja, que encontre e mostre, aponte algo de errado ou contra a lei que ele tenha feito enquanto presidente. Ele destacou ainda, que foi em sua gestão, através do corte de cargos de assessores que “ganhavam mais que os próprios vereadores”, que a Câmara pode a partir de 2021, realizar uma economia de mais de R$ 2 milhões por ano, com salários e encargos atribuídos as respectivas funções que foram extintas.
Por falar em economia, quem também ficou “ofendido” foi o vereador Serginho Nunes (também Sem Partido).
Ao fazer uso da tribuna, Serginho que presidiu a Câmara em 2021, quando da realização de uma CPI que passou a procurar “cabelo em ovo” e investigar o Concurso Público realizado em 2020. Ele procurou defender Oliveira e destacar que o trabalho realizado, durante a CPI, foi feito com a maior lisura e responsabilidade possível.
Serginho ainda se reportou aos gastos realizados em sua gestão com o trabalho de mídia e divulgação da Câmara de Vereadores junto aos órgãos de imprensa local.
Com sentimento de grandeza, o parlamentar buscou se enaltecer afirmando ter sido feita a maior economia histórica do legislativo ao que se refere a investimentos em mídia, tendo sido gasto pouco mais de R$ 80 mil durante o ano.
Bem, o que o nobre parlamentar não parou para perceber, foi a “economia burra” realizada. Isto pois, o princípio da Publicidade é o quarto princípio expresso no artigo 37 da Constituição Federal de 1988, e traz como enfoque os embasamentos legais para a divulgação dos atos administrativos de forma interna e externa, resguardados a eficiência e a moralidade.
Mas enquanto isso, a população xanxerense segue com pouca ou nenhuma informação do que é feito e tratado na casa legislativa, afinal de contas, não se vê materiais jornalísticos e informativos sendo produzidos nem mesmo pela própria assessoria de imprensa da casa legislativa, e encaminhados aos órgãos de imprensa para serem amplamente divulgados!
E olha que canais para isso existem, como e-mail e até mesmo grupo de whatsapp.