A Comissão de Enfrentamento ao Coronavírus de Xanxerê, através da administração municipal, revogou o decreto de restrição no horário de circulação de pessoas a partir das 22h. A partir desta sexta-feira (19), os estabelecimentos comerciais que estavam com o horário reduzido podem atender conforme o previsto no alvará de funcionamento. A determinação foi tomada, após perceber que muitos xanxerenses acabavam indo para outras cidades, onde o horário noturno de bares e restaurantes não tem restrição. O impacto foi sentido no Dia dos Namorados e a Comissão optou por alterar o horário. Assim, bares, restaurantes, distribuidores de bebidas e academias, por exemplo, podem atender até mais tarde. A flexibilidade ocorre em meio ao crescente número de casos positivos do novo coronavírus e para tanto é necessário cautela. Conforme o procurador do município, Fernando Dal Zot, durante coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira, a flexibilidade do horário foi necessária, pois se percebeu que a mesma acabava incentivando as pessoas a buscarem os serviços em outras cidades, onde os casos da Covid-19 são maiores que Xanxerê, no entanto, a flexibilidade não é sinal de segurança. “Não podemos afirmar que é seguro, porque não é seguro circular em um índice de contaminação, mas a necessidade existe, e a segurança só vai existir com consciência, uma responsabilidade do cidadão que se conscientizem e saibam utilizar essa flexibilidade de horários, pois o retorno é possível”, comenta. Dal Zot, reforçou que há um plano com níveis de contaminação e ações que Xanxerê está seguindo e os dados não estão soando positivamente. “O plano diz que se tivermos 103 casos ativos, e estamos perto, podemos avançar de nível. São 103 casos ativos, ( Xanxerê está com 96), mais um aumento de 20% dos casos em um dia e a ocupação de leitos da UTI acima de 70%, havendo um aumento repentino já estaríamos no Nível 3 e ai requer muito mais cuidado e avaliar medidas restritivas. Está na mão da população e o aumento no número pode gerar novas medidas inclusive o fechamento”, finalizou.
Por: Joimara S.Camilotti
Covid-19