Começam nesta segunda-feira (09) os depoimentos, no Supremo Tribunal Federal (STF), dos réus por suposta tentativa de golpe de Estado. Serão oito depoentes – que compõem o chamado ‘núcleo central’ –, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o delator Mauro Cid.
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Os interrogatórios poderão seguir até sexta-feira e serão presenciais, na sala de sessões da Primeira Turma do STF. O único que não estará presente será o general Braga Netto, que está preso no Rio de Janeiro e falará por videoconferência. Os ministros da Primeira Turma também poderão acompanhar os depoimentos no plenário.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, conduzirá as audiências e será o primeiro a fazer os questionamentos, seguido do procurador-geral, Paulo Gonet, autor da denúncia, e dos advogados de defesa. Os réus, entretanto, podem escolher ficar em silêncio. Após falarem, entretanto, podem pedir para serem dispensados de acompanhar os outros depoimentos.
Impedidos de manter contato durante o andamento das investigações, essa será a primeira vez que os depoentes deverão ficar lado a lado. Eles estarão dispostos lado a lado e serão questionados em ordem alfabética – à exceção de Cid, que será o primeiro por ser autor da delação premiada. Bolsonaro será o sexto a falar e a expectativa é de que seu depoimento aconteça entre terça (10) e quarta (11), dependendo do ritmo das audiências.
Sete dos oito réus responderam por cinco crimes: tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e inteligência de patrimônio.
Apenas Alexandre Ramagem responde por três crimes: tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Ele teve as acusações menores após a Câmara dos Deputados sustar os crimes, por ser parlamentar.