Câmara de Vereadores de Xanxerê tem salários de quase R$ 19.000,00!!!

Ainda na semana que passou o Pe Louro fez alguns questionamentos, quanto a efetiva atuação dos “representantes do legislativo xanxerense”. Pelas próprias redes sociais apenas o progressista Evandro Berto, se manifestou e reportou-se aos questionamentos, “prestando contas dos trabalhos realizados”.

Em uma verificação rápida realizada junto ao próprio site da Câmara de Vereadores de Xanxerê, foi possível identificar que desde o início do ano, somente em salários os vereadores receberam cerca de MEIO MILHÃO DE REAIS, sem contar as tradicionais despesas de viagens (diárias).

Fato é, que Xanxerê vive uma fartura de rendimentos nunca visto antes no país. Obras para todos os lados e um fenômeno de supersalários dentro do legislativo municipal.

Ao analisarmos os dados do portal da transparência da Câmara, temos as seguintes referências de cargos e salários:

ASSESSOR DE IMPRENSA – R$ 10.241,47

DIRETOR FINANCEIRO –     R$ 10.528,08

ASSESSOR JURIDICO – R$ 10.528,08

DIRETOR DE GESTÃO DE PESSOAS E PATRIMONIO – R$ 8.618,53

TELEFONISTA – R$ 5.885,39

AGENTE ADMINISTRATIVO – R$ 7.878,56

TECNICO LEGISLATIVO – R$ 18.637,64

AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS – R$ 4.422,40

DIRETOR DE PLENARIO – R$ 8.618,53

CHEFE DE GABINETE – R$ 11.691,21

AGENTE ADMINISTRATIVO – R$ 8.463,96

SEGURANÇA – R$ 7.374,67

ASSESSOR DE GABINETE – R$ 3.475,43

Esses elevadíssimos salários são o oposto do que é visto pelo IBGE como rendimento da população, que tanto necessita de cuidados e muitos acabam passando necessidades:

Esse parâmetro de supersalários, com rendimentos nesse importe fica muito bem contrastado com as notícias que o executivo veiculou de doação dos salários de prefeito e vice para fins de cirurgia.

Muito foi contestado pelo ministério público acerca da necessidade de existência de muitos cargos, tanto que nos autos do processo 5025780-13.2020.8.24.0080 foi contestado a recriação de 3 cargos que tinham sido extintos por decisão judicial.

Embates fervorosos sobre sobras da câmara tem sido feita, sendo que a mola propulsora é a alegação que pode faltar dinheiro para manter a câmara de Xanxerê.

Nesse contexto, o que se verifica é vereadores viajando com inúmeros assessores, e uma farra com relação a salários muito maiores que se encontram na iniciativa privada, ou mesmo junto ao executivo.

As discussões sobre diminuição do estado em Brasília, gastos do governador, ou mesmo rendimento do judiciário parecem tão distantes quando na verdade em Xanxerê, existe essa realidade paralela, aonde as dificuldades não chegam ao legislativo, em que trabalhadores são os afortunados da vez.

Alegações de fraudes em concurso públicos e CPI’s para investigar que não tem resultados são elementos muito comuns como uma tentativa de acalmar a sede da população de ver a justiça ser feita, mas passado 8 meses o legislativo não mostrou a que veio.

Cuidar dessa distorção de realidade deveria ser o primeiro trabalho, mas parece que tem sido esquecido em um cenário de egos inflados, e brigas constantes.

Talvez seja esse o motivo de tantas brigas durante a fatídica eleição da mesa diretora, mas uma pergunta que não quer calar ao Pe. Louro é: “Até quando existirá marajás ganhando fortunas enquanto a população passa necessidades”