O presidente Jair Bolsonaro negou nesta quinta-feira (14), que o ministro da Saúde, Nelson Teich, corra o risco de ter o mesmo destino que seu antecessor, mas afirmou que exige que a cloroquina seja administrada para pacientes da Covid-19 desde os primeiros sintomas. A declaração foi feita durante uma videoconferência com empresários promovida pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). O argumento de Bolsonaro é que o Conselho Federal de Medicina já permite que médicos prescrevam o remédio para pacientes leves. O protocolo do ministério, porém, segue recomendações de sociedades médicas e é mais cauteloso: autoriza o uso no SUS apenas para pacientes internados. Teich vem sendo cobrado nas redes sociais por apoiadores de Bolsonaro para recomendar o uso amplo da cloroquina. Apesar da cobrança pública, o presidente negou que haja um processo de “fritura” de Teich, que completará um mês à frente do Ministério da Saúde no próximo dia 17. Bolsonaro disse que o protocolo adotado pelo ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, não pode continuar sendo seguido por Teich. Mandetta foi demitido justamente por divergir do presidente sobre medidas de isolamento social e o uso da cloroquina.