O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite da quarta-feira (21) que sua decisão de cancelar o protocolo de intenção de compra da vacina chinesa CoronaVac foi motivada por uma questão de “credibilidade” e “confiança”. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o mandatário citou que a China tem um “descrédito muito grande” por parte da população e que existem outras vacinas mais confiáveis, que, contudo, ainda precisam de uma comprovação científica. Questionado se compraria um imunizante de origem chinesa que tivesse o certificado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Bolsonaro respondeu: “Da China, não compraremos. O chefe do Executivo também afirmou que sua relação com o ministro Eduardo Pazuello, da Saúde, segue “sem problema nenhum”, mas destacou que o ministro tomou uma decisão precipitada. O protocolo de intenções para a aquisição de doses da CoronaVac foi assinado pelo Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, do Estado de São Paulo, na terça-feira (20). Bolsonaro falou que não iria comprar o imunizante e mandou cancelar o protocolo. Bolsonaro garantiu ainda que o militar seguirá no cargo de ministro. O presidente reforçou seu posicionamento de uma possível vacina ser opcional. Ele voltou a criticar como “autoritária” a defesa do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de que a imunização seja obrigatória. Ele também opinou que a competência de decidir sobre a obrigatoriedade ou não da vacina deve ficar com o governo federal e não com Estados e municípios.
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