O Centro de Referência de Desastres Urbanos (CRDU) de Xanxerê sediou durante duas semanas o curso de formação de cinotécnicos – onde o bombeiro é treinado para utilizar o cão como ferramenta na busca por pessoas desaparecidas. A capacitação é formatada para atender 21 alunos, no entanto, esta turma fechou em 31 bombeiros e policiais de 11 estados. Para o tenente-coronel Walter Parizotto, do 14º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Xanxerê, este foi um dos cursos mais difíceis pela quantidade de pessoas, para ele, impulsionadas pela tragédia que ocorreu em Brumadinho. Com dez alunos a mais, foi exigido muito da estrutura e logística do CRDU, bem como dos próprios cães e tutores. Além disso, foi um curso que chamou a atenção pela quantidade de mulheres participando, sendo um total de sete. “Este foi um curso com o maior número de estados participando, inclusive de estados onde não há o serviço implantado, como Maranhão, Piauí e Minas Gerais. Foi um curso interessante e gratificante para nós. Ficamos na expectativa de que a semente lançada possa contribuir para o País inteiro”, destacou Parizotto. Para a policial civil, Camila, responsável pelo Canil da Delegacia Regional de Xanxerê, “foram 15 dias de intenso aprendizado e experiências incríveis! Além de ter uma equipe de instrutores excepcionais, de grande conhecimento e vivência, também contamos com ambientes realistas que tornaram os treinamentos mais completos. Fico muito grata pela oportunidade de ter participado do curso e poder levar para minha instituição – Polícia Civil – tais ensinamentos. Aprendemos muito sobre os cães, comportamento, psicologia, etologia, figuração, atendimento pré-hospitalar, criação, manutenção, busca terrestre, rural, urbana, aquática, dentre vários outros tópicos. Com certeza todo esse conhecimento trará bons frutos no treinamento e operações com cães da Polícia Civil”.Para 2020, Parizotto comenta que o quadro de atividades é intenso. Com curso de cinotécnico marcado para o mês de junho, certificação em dezembro, quatro cursos de deslizamentos, curso de incêndio florestal e mais um curso novo de força-tarefa que tem como foco a capacitação de resposta. “Vai ser um ano cheio, puxado, mas está é a razão da existência do CRDU”, finalizou Parizotto.
Por: Joimara S.Camilotti