O agrotóxico carbendazim teve seu uso banido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na segunda-feira (8). O agroquímico foi considerado cancerígeno, tóxico para a reprodução humana e para o desenvolvimento do feto e de recém-nascidos, apontou a agência.
A Anvisa já havia determinado uma suspensão cautelar do componente. O objetivo era prevenir a disponibilização para uso, no manejo agrícola e para produtos que contivessem o ingrediente na sua formulação, enquanto a agência realizava um processo de reavaliação dele.
Com o novo posicionamento, fica proibido o uso do carbendazim em agrotóxicos no país, sendo os produtos técnicos (matéria-prima para formulação dos defensivos) e formulados à base desse ingrediente ativo, atualmente registrados ou com pleito de registro no Brasil.
Apesar de a medida ter efeito imediato, a descontinuação é gradual e a importação, produção, comercialização e o uso do carbendazim deve continuar por até 12 meses.
O carbendazim é um fungicida, ou seja, sua função é combater fungos que ataquem a produção, e está entre os 20 agrotóxicos mais comercializados no Brasil. Ele é usado nas culturas de algodão, cana-de-açúcar, cevada, citros, feijão, maçã, milho, soja e trigo, e para a aplicação em sementes nas culturas de algodão, arroz, feijão, milho e soja.
G1