O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) denunciou um homem, 21 anos, e sua irmã, 19 anos, pelo feminicídio de Ana Kemilli, adolescente de 14 anos, encontrada morta e amarrada a uma árvore em Campo Belo do Sul, na Serra catarinense. O suspeito é ex-namorado da vítima. Além dos dois, um adolescente de 15 anos também teria envolvimento no assassinato, que ocorreu no dia 10 de fevereiro, no interior do município, perto da casa de Ana. O adolescente havia sido internado três dias após o corpo de Ana ser encontrado. Ele confessou o envolvimento na morte da jovem. No entanto, a investigação policial continuou, com a suspeita de que ele não teria agido sozinho. Conforme a investigação, o crime teria sido planejado pelo ex-namorado, inconformado com o fim do relacionamento que manteve entre 2018 e 2019 com a adolescente. Segundo os autos, o acusado teria agredido a garota com um soco e passado a circular armado próximo à casa da vítima. Inconformado com o bloqueio de seu número pela ex-namorada por causa das mensagens que enviava a ela, o homem teria pedido à irmã, que era amiga da vítima, para visitá-la no dia 8 de fevereiro. O objetivo era convencer Ana a sair para acompanhá-la em parte do caminho de volta para casa. Após as duas se separarem, o adolescente de 15 anos, conhecido da vítima, cooptado pelo ex-namorado mediante a promessa de que o ajudaria em um romance com a irmã, teria abordado a menina. Assim, a fez voltar parte do trajeto até um ponto com alta vegetação, onde o acusado estaria esperando escondido. Ali, a vítima teria sido atacada pelos dois, levada para o mato e amarrada a uma árvore, onde foi asfixiada. O corpo da adolescente só foi encontrado dois dias depois por vizinhos, ainda amarrado à árvore e coberto por folhas de vegetação local. Os dois réus adultos, o ex-namorado, de 21 anos, e sua irmã, de 19 anos, foram denunciados pela suposta prática de homicídio, qualificado por motivo fútil. Eles usaram meio cruel (asfixia) para praticar o feminicídio, mediante dissimulação. O homem está preso preventivamente em Lages. Ele foi denunciado, ainda, por ocultação de cadáver e corrupção de menor de 18 anos. O processo em relação ao adolescente, que cumpre medida socioeducativa de internação corre em segredo de Justiça, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente.
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