Apenas 25,3% das 612.954 empresas fundadas no Brasil em 2008 sobreviveram aos primeiros 10 anos, segundo dados divulgados na quarta-feira (21) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As informações apontam ainda que, entre as companhias nascidas em 2008, 81,5% se mantiveram ativas após o primeiro ano de atividade e menos da metade (47,5%) sobreviveram por cinco anos. Entre os Estados, a taxa de sobrevivência das companhias após o quinto ano variou de 34,2%, no Amazonas, a 52,8%, em Santa Catarina. Já no 10º ano, apenas 16,4% das empresas permaneceram ativas no Amazonas, enquanto 32,1% sobreviveram em Santa Catarina. Por outro lado, Rio Grande do Sul (13,3%), Santa Catarina (14,1%) e Minas Gerais (14,9%) registraram as menores taxas. O estudo Demografia das Empresas e Empreendedorismo aponta para a manutenção da tendência de mais falências do que abertura de novas companhias. Somente em 2018, a diferença entre as entradas e saídas do mercado foi de 65,9 mil empresas, com 697,1 mil novas entidades e 762,9 mil falências. A taxa de entrada foi superior à de saída no período de 2008 a 2013; a partir de 2014, porém, houve uma inversão, com a taxa de saída superando a de entrada, afirma o IBGE, que vê uma mudança na dinâmica empresarial brasileira nos 10 anos finalizados em 2018. Na comparação com 2017, houve uma queda de 1,5% no número de empresas ativas, enquanto o pessoal ocupado assalariado cresceu 1,3%, para 419,8 mil. Com as variações, o Brasil fechou 2018 com 4,4 milhões de empresas ativas que ocupavam 38,7 milhões de pessoas, sendo 32,3 milhões (83,5%) como assalariadas e 6,4 milhões (16,5%) na condição de sócios ou proprietários.
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