Completar 15 anos é sempre um marco na vida de uma pessoa, já que essa data separa partes importantes já vividas, de autoconhecimento, construção e crescimento. Isso ampara e dá base para os próximos caminhos que surgirão a serem seguidos, incluindo escolhas e desafios. Para uma instituição, isso não é diferente, ainda mais quando se fala em saúde e em uma das doenças que mais cresce no mundo: o câncer. Nesse ano, a instituição comemora 15 anos de atividades na sede e, para contar a história, será realizada uma série de reportagens com emocionantes depoimentos.
“Aprendi muita coisa aqui, a conviver com as pessoas, me tornar mais humana. Me emociono vendo as pessoas novas com câncer, porque sei que elas vão passar pelo que eu passei. Mas sempre passo muita força para elas, tento ajudar da maneira que posso, porque sei que tudo isso passa. 2005 é uma página virada na minha vida”. Essa é uma das falas da Vitoriosa, Maria Catarina Possam Brinker, que descobriu o câncer de mama em 2004 e começou a participar da Rede Feminina depois que faz as quimioterapias. Para ela, foi fácil começar a participar e ir no primeiro dia, porque conhecia várias pessoas que atuavam na instituição e já tinha sido convidada por uma Vitoriosa eu já participava.
Uma das entrevistas realizadas quando as atividades da sede da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Xanxerê iniciaram, sensibilizou Zenaide Gema Fachin Bicigo,
Que tinha passado por um câncer de mama em 1991 e, a partir da entrevista, ela fez o cadastro e começou a participar. A Vitoriosa morava em Xavantina na época em que sentiu o nódulo e logo que foi ao médico ele fez a cirurgia para retirada. Depois do retorno do resultado da biopsia positiva para câncer, o médico entrou em contato diretamente com a família de Zenaide. Como a família não tinha coragem para contar a verdade sobre o resultado do exame, foi um amigo da família que contou que ela teria que fazer um tratamento em Blumenau, porque naquele ano ainda não tinha tratamento em Chapecó ou cidades mais próximas. “Eu tirei a mama e nem deu tempo para pensar muito, então nunca me desesperei, Eu só pedia a Deus que eu queria criar meus filhos e hoje já estou criando os meus netos. A melhor parte de tudo foi quando o médico me falou que eu estava curada. Foi maravilhoso. Hoje todos nos damos apoio, estamos aqui para somar. Somos uma família e é muito bom participar”, declara.
O câncer é uma doença atual e cada pessoa que descobre tem uma reação diferente da outra. Algumas pessoas ficam mais tranqüilas, já outras ficam mais angustiadas, como foi o caso da Vitoriosa, Cleri Damo Pungan, que descobriu o câncer de mama em 2009. “Quando eu descobri que era um câncer, eu perdi o chão, quando eu caminhava, parece que não sentia o chão. Mas eu parei para pensar que quem comandava tudo era Deus e que a minha vida estava nas mãos Dele”, conta. Sobre a participação nas atividades da RFCC, Cleri lembra que iniciou no dia do seu aniversário, mas tinha muito medo e vergonha. Porém, como ela necessitava fazer fisioterapia, enfrentou a vergonha e foi a primeira vez. “Elas me apresentaram e fui muito bem recebida. Achei que vir aqui era uma coisa triste, que só se falava de doença, mas não é assim. Aqui a gente se alegra, é só amor! Hoje eu passo muita força para as Vitoriosas, que elas continuem o tratamento e esqueçam da doença, porque vai passar, não pode desanimar”.
Hoje as Vitoriosas participam das diversas atividades realizadas na sede da instituição e também dos eventos e passeios organizados durante o ano e afirmam que para elas a Rede Feminina é como uma segunda família!
(AssessCom)