Santa Catarina vai receber um investimento de aproximadamente R$ 1 bilhão do grupo Nestlé Purina no Brasil. A notícia foi confirmada ao governador Carlos Moisés, em reunião com a direção da empresa, na tarde da quarta-feira (23). A unidade industrial que será instalada no Estado é voltada à produção de alimento para cães e gatos. A implantação do empreendimento no município de Vargeão, no Oeste, será dividida em três fases, com a geração de aproximadamente dois mil postos de trabalho diretos e indiretos. Os secretários de Estado da Fazenda, Paulo Eli e do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Luciano Buligon, acompanharam a reunião e, imediatamente, deverão iniciar as conversas técnicas para dar suporte à instalação do empreendimento. Na reunião, diretores da empresa fizeram uma breve apresentação do projeto, com números que destacam a aposta num mercado com demanda crescente. Além de atender o consumo local, o objetivo é consolidar o Brasil como plataforma de exportação dos produtos para pets. Segundo informações divulgadas pela empresa, o Brasil é o segundo maior mercado do mundo em relação ao número de cães e gatos per capta (por 1.000 pessoas), perdendo apenas para os Estados Unidos. Os dados são da Abinpet e Euromonitor. A população de pets vem crescendo consistentemente no país e a estimativa é chegar aos quase 101 milhões de cães e gatos em 2025. O segmento de alimentos responde por 75% do mercado de pets, seguido pelo veterinário (17%) e o de cuidados (8%) – e o total movimentado no país em 2020 foi de R$ 27,02 bilhões, crescimento de 21,2% em relação ao ano anterior, de acordo com a Abinpet. Com uma fábrica em operação em Ribeirão Preto (SP), onde investiu mais de R$ 500 milhões para implementar tecnologias exclusivas adotadas na fabricação de seus produtos úmidos em 2018 e mais R$ 120 milhões recém-anunciados para expansão de capacidade, a Nestlé Purina tem aumentando seu faturamento em dois dígitos nos últimos três anos no país. A nova planta será construída já considerando política de zero destinação para aterros sanitários, projetos de reuso de água resultantes do tratamento de efluentes industriais, uso crescente de fontes renováveis e energia. Na primeira fase, será instalada uma linha de alimentos úmidos (wet) de tecnologia avançada, única e patenteada. O parque industrial terá a estrutura dimensionada para contemplar outras fases de ampliação e instalação de mais linhas de produção de alimentos úmidos, secos e outras tecnologias da indústria de petfood.