Até agora, o combate à dengue baseava-se exclusivamente em medidas preventivas que demandavam a adesão coletiva da população, tarefa complexa de cumprir a tempo de evitar infecções em massa e mortes. Nem sempre as campanhas de esclarecimentos e alertas dos agentes de saúde conseguiam com que as pessoas evitassem acúmulos de águas em seus quintais e entornos, sendo que essa água parada favorecia o desenvolvimento do transmissor, a fêmea do mosquito Aedes aegypti. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o período epidemiológico 2022/2023 da dengue registrou 135 mil casos e 108 óbitos.
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A enfermidade, que pode ser letal, é conhecida por causar danos de monta ao organismo, como queda de pressão arterial, insuficiência renal, infarto agudo do miocárdio em pessoas previamente doentes e outras complicações que têm potencial de estabelecer sequelas ou de abrir as portas para outros males ainda mais graves ao fragilizar a imunidade física e psicológica do infectado. Dessa forma, tornou-se uma meta das autoridades e dos pesquisadores encontrar meios mais eficientes de realizar esse combate. E tudo indica que temos boas-novas nesse sentido.
A partir de agora, o MS está disponibilizando a vacina contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ela foi integrada ao SUS em dezembro de 2023 e é conhecida como Qdenga 1. Provida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, a previsão inicial contempla a imunização de 3,2 milhões de brasileiros em 2024, iniciando por crianças entre 10 e 14 anos, com aplicação a partir de fevereiro. O país é pioneiro nesse processo ao oferecer a vacina contra a dengue gratuitamente no sistema público universal. A inclusão foi aprovada em tempo recorde pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec). Resta agora às famílias fazer jus a esse esforço e levar seus infantes para serem imunizados contra esta chaga que tanto mal tem causado em nosso meio.
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