A Divisão de Investigação Criminal (DIC) investiga há pelo menos três meses crimes de falsificação, corrupção, adulteração e alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais na cidade de Caçador. De acordo com a Polícia Civil, os crimes contra o consumidor eram cometidos por um empresário e dois funcionários de uma empresa, configurando em associação criminosa e homicídio. Ao longo das investigações, foram constatados que o empresário comercializava oxigênio medicinal há cerca de 12 anos sem autorização da Anvisa, motivo pelo qual os policiais deram cumprimento na segunda-feira (26) a três mandados de prisão e seis de busca e apreensão. Para o Delegado Eduardo Mattos, responsável pelas investigações, o grupo adulterava os cilindros, pintando-os e tirando as etiquetas utilizadas para acondicionar oxigênio industrial, para vender como se fossem medicinal. Ainda segundo a polícia, já foram identificados pacientes para os quais a empresa realizou a entrega do oxigênio, entre os quais óbitos foram registrados por conta de complicações respiratórias. Os cilindros eram entregues em diversos hospitais da região oeste do estado. Os cilindros apreendidos deverão ser examinados pelo IGP, afim de verificar amostras de possíveis oxidações internas que possam ter causado a contaminação do gás e prejuízos a saúde dos pacientes. Vale destacar que o oxigênio medicinal é considerado um medicamento e é receitado por médicos para pacientes com doenças pulmonares, os quais podem ter baixos níveis de oxigênio em seu corpo e, às vezes, precisam usar oxigênio extra para trazer seus níveis de oxigênio a um patamar saudável.