Com o avanço do novo coronavírus ao redor do mundo, um dos primeiros itens de saúde a sumir das prateleiras foram as máscaras cirúrgicas, que chegaram a triplicar de preço e faltar para profissionais de saúde no País. Na última sexta-feira, o Ministério da Saúde passou a recomendar o uso de máscaras de pano para se proteger da pandemia. A medida, no entanto, foi recebida com ressalvas pela Sociedade Brasileira de Infectologia. Com a escassez dos equipamentos de proteção individual (EPI) em face da pandemia, avalia-se o uso das máscaras de pano. Porém, em serviços de saúde, elas não devem ser usadas sob qualquer circunstância. A infectologista da Rede D’or, Raquel Muarrek, explica que os diferentes tipos de máscaras devem ser usados de acordo com cada situação. As chamadas N95, por exemplo, são indicadas para profissionais da saúde que lidam com a liberação de aerossóis, micropartículas liberadas durante procedimentos como entubação.
A N95 é uma máscara utilizada na beira do leito de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Seu uso é voltado a procedimento respiratório em pacientes entubados. Por falta de mácaras nos leitos hospitalares, a N95 está sendo utilizada por até 15 dias. Vale lembrar que a mesma NÃO pode ser lavada; após o período de 15 dias deve ser descartada.
É uma máscara domiciliar feita de várias formas. A recomendação é que se utilize um tecido ideal, de algodão, e que a mesma seja trocada a cada 4 horas. Essa máscara tem que ser lavada com agua e sabão.
A máscara cirúrgica é recomendada para uso hospitalar, ou seja, para profissionais de saúde, onde se tem o contato com pacientes. Ela não pode e não deve ser lavada, tem que ser trocada a cada duas horas. Após esse período, o material deve ser descartado.