Pode ser apenas uma impressão falsa, mas parece estar diminuindo o número de pessoas que teimam em negar ou minimizar a gravidade da pandemia. Os mais recalcitrantes agora apegam-se ao uso da Cloroquina, acreditando que isso pode acabar com o problema. Pelos relatos na imprensa, redes sociais e pela maioria dos médicos, o medicamento oferece altos riscos e, a julgar pelas atitudes adotadas em países como os Estados Unidos e vários da Europa, pode ser tanto ou mais letal que a própria Covid19. O mais seguro continua sendo adotar as precauções recomendadas e não dar chance para o azar de ser contaminado. Além de torcer para que apareça, o quanto antes, uma vacina. No início da semana notícias deram conta de bons resultados em testes iniciais feitos por laboratório Norte americano. Ainda pode demorar, mas é uma ótima notícia.
Aqui no Oeste, o rápido crescimento de casos em Chapecó – cidade que é polo regional e que atrai muitas pessoas, a maioria por compromissos, mas outras por motivos não essenciais e adiáveis – é mais um complicador. E tudo começa a indicar o que foi previsto por autoridades da saúde pública: O pico da pandemia deve acontecer até o final deste mês de maio até meados de junho. Cuidar de nós mesmos, continua sendo a melhor atitude. Isso significa jamais descuidar e deixar de fazer o que aprendemos nas últimas semanas. Para cuidar de nós e para cuidar de todos. E cumpre frisar que Chapecó é hoje o município catarinense com o maior número de casos e com estatística crescente, infelizmente.
Renan Antunes de Oliveira, competente Jornalista gaúcho que conheci em Florianópolis e que produziu reportagens de risco em vários países do mundo, com prêmios e reconhecimento pelo seu trabalho, faleceu em casa, há algumas semanas, depois de ser medicado com Cloroquina. Renan tomou cloroquina antes de saber o resultado do exame do coronavírus, e faleceu em casa, vítima de enfarte, segundo o laudo. Horas depois de sua morte o resultado o exame apontou que ele não tinha sido infectado pelo coronavírus. O Jornalista havia passado por um transplante de rim, cerca de dois meses antes, e já havia superado, antes, uma parada cardíaca. Para mim, isso é o suficiente para não acreditar na eficiência do medicamento. Não duvido e acredito que em alguns casos o medicamento possa ter curado pacientes infectados. Mas a cada dia surgem na imprensa mais e mais casos de morte após a medicação com Cloroquina.
Ouvi em entrevista do Deputado Sargento Lima na Rádio Princesa a sua inacreditável afirmação que a eleição dele e dos demais parlamentares eleitos pelo PSL, na onda que elegeu o atual despresidente, foi uma resposta à política do toma-lá-dá-cá. Desinformado, deputado? Olha o Centrão aí, novo aliado do desgoverno federal, em troca de cargos com dotações milionárias. A aliança com a raça do Centrão, na análise da maioria da imprensa (e de quem conhece a máfia) tem outro motivo nada republicano – como virou moda dizer: O medo de impeachment ou de afastamento do cargo. E já entregou cargos da maior importância, como o da Fundação Nacional de Educação para gente sem nenhuma capacitação, embora isso já ocorra em diversos outros ministérios…O mesmo deputado Sargento Lima dias atrás também levou enxurrada de críticas por ter ironizado o uso de álcool e de máscaras. Depois das críticas amenizou o discurso e disse que também usa….Dá o tapa, depois tira a mão, Deputado Sargento?
Boas práticas surgidas nos tempos de pandemia merecem destaque, nesses dias com tempestades de notícias negativas. Na terça-feira(19/05), fotografei um desses belos exemplos, e faço questão de publicar: Na farmácia Popular localizada na Avenida La Salle, em frente ao Supermercado Máximo, uma simpática mesa colocada na calçada abrigava pacotes com pães, bolachas, sabonetes, além de bananas e produtos de limpeza. E demorei alguns segundos para ler os cartazes afixados na vitrine, anunciando: “QUEM TEM PÕE, QUEM NÃO TEM TIRA”! e mais “FIQUE À VONTADE, PEGUE O QUE VOCÊ PRECISA”, ao lado da convocação :” FAÇASUA DOAÇÃO”. Louvável iniciativa, parabéns aos idealizadores da ideia. Deixei de perguntar sobre a iniciativa na Farmácia – certamente a autora da prática – porque havia pessoas esperando para serem atendidas, mas vou conferir o resultado da ideia. É interessante observar como épocas de crises despertam sentimentos de fraternidade e de solidariedade, o que é ótimo! Não, não vou pregar que tais ações deveriam existir o tempo todo. Quero sim parabenizar e muito os autores da iniciativa. Muito bom! Parabéns!
Acho revelador – e hilário – seguidores do despresidente queixando-se, inclusive na imprensa local, de que o atual ocupante do cargo maior no Palácio do Planalto é muito criticado! Que qualquer coisa que ele fale, leva uma saraivada de críticas e que o país está divido em prós e contras… interessante como o brasileiro esquece aquilo que não lhe convém lembrar. Há cinco ou seis anos atrás, muito mais que hoje, as críticas à então Presidente Dilma Roussef vinham até das pedras do calçamento. E ninguém achava ruim, embora alguns poucos tentassem defendê-la. Agora, com um presidente que envergonha a maioria e causa repercussão mundial – e não apenas no Brasil – pelas asneiras que diz e pelas barbaridades que faz, diariamente, as pessoas acham ele um….coitadinho! Sinto informar, mas se ele quiser ouvir elogios deve, primeiro, parar de provocar, chamando todos que o criticam de… comunistas! E de proferir descalabros em relação à Pandemia que já matou, num só dia, mais de mil brasileiros, certamente muitos eleitores dele mesmo! SÓ um cego – daquele tipo que não vê porque não quer – não enxergou ainda que boa parte, senão a maioria, dos seus eleitores já viu que o seu escolhido não tem capacidade, nem competência para governar o Brasil. E abandonaram o barco… Aliás, ele consegue sequer governar seus filhos, talvez os principais responsáveis pelo atual governo federal estar, diariamente, afundando. E críticas, senhores, sempre foram a principal arma para tentar mostrar o melhor caminho a governantes…Embora este escute somente seus próprios e desastrados filhos. Lamentável!