Ferragem Xanxerê 216950
16/08/2021 às 06:49
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Quirera Gourmet – 16/08/2021

Quirera Gourmet
Por: Romeu Scirea Filho

Falastrão Faz Fumaça

No sábado, o despresidente do bananal verde-amarelo voltou a produzir fumacê para desviar atenção e adiar sua queda. Presumivelmente para se vingar da prisão do amigão e ex-deputado Roberto Jefferson, Bolsonaro anunciou que pedirá impeachment dos Ministros Barroso e Alexandre Moraes, do STF, porque ambos teriam cometido crime de responsabilidade…. Como sempre, Bolsonaro blefa: Disse ter provas contra a urna eletrônica e tinha m nenhuma. E ouvidos pelo JN, entre outros noticiários, juristas isentos não enxergam onde o despresidente viu crime de responsabilidade nos dois ministros do STF…

Ensinando o Padre Rezar…

E seria trágico ministros que devem zelar pela Constituição, … traírem a Constituição! Outra: Bolsonaro sabe nem presidir o país, não sabe seus limites, nem suas obrigações! É um despreparado, e agora, sem provas “se acha” capaz de querer ensinar a lei para quem tem obrigação de manter a lei. É a velha prática demagógica e populista de tentar ensinar o padre a rezar a missa. Seria cômica, uma piada, não fosse ele o presidente da nação – que nunca, em 521 anos de existência, havia sido governada por um conhecido e reconhecido ignorante. Agora, somos!

Processo de Expulsão

Não conheço o Vereador Cabo Oliveira (MDB), e acompanhei apenas de longe o entrevero causado por seu voto, contrário ao partido, na eleição da mesa diretora do Legislativo xanxereense, em janeiro, que deu vitória à oposição ao Prefeito Oscar Martarello (PSDB). Agora alvo em processo de expulsão do MDB, vi a declaração de Oliveira, na última sexta. Disse que ao assinar a ficha do partido não lhe foi exigida fidelidade partidária ou compromisso de acompanhar os votos da sigla. Porém, mesmo não sabendo quais os “termos” de um eventual acordo que o levou a ser emedebista, aos 90 minutos do segundo tempo, antes da campanha de 2020, entendo que dificilmente sua tese o salvará da expulsão.

Conforme a Música…

O motivo é óbvio: Se alguém entra para um clube ou partido, automaticamente, queira ou não queira, ele está obrigado a aceitar e seguir as normas que regem e regulam aquele clube, ou partido. Ou, por outras: Se você é da banda, tem que tocar – e dançar – conforme a música que a banda toca. Senão, a banda fica desafinada… A alegação do Vereador aos olhos de quem não conhece a política pode parecer válida, mas não é. Se ele é do MDB, deve seguir o estatuto do partido, mesmo que a tal fidelidade partidária, muitas vezes, vire letra morta. Mas é a lei, e se ela for aplicada, Oliveira seguramente será expulso. Mas isso é apenas e exatamente o que o Vereador quer, para evitar perder o mandato. O que provavelmente aconteceria se ele simplesmente mudasse ou saísse do partido. Com a expulsão ele ganha tempo – e mais argumentos para se defender…

Cargos de Confiança

Por trás da decisão de votar contra a chapa de seu partido, na eleição da mesa, dizem (e eu não posso afirmar com certeza) que estariam interesses contrariados do vereador, na escalação de nomes para cargos de confiança da Câmara. Oliveira teria um nome a indicar, mas esse nome não foi o “contemplado” no rateio de cargos, feito pelos partidos que apoiaram a eleição de Martarello, PSDB, MDB entre eles. Desgostoso e sem comunicar isso a seus companheiros emedebistas, Oliveira simplesmente votou na chapa de oposição, e não da chapa dos “companheiros” de partido. E determinou a vitória do atual presidente, o Vereador Serginho Nunes, de oposição ao prefeito, para presidir o Legislativo. Negociatas, acordos e traições por cargos de confiança, cumpre frisar, são tidas como naturais na política tupiniquim…

Justiça Eleitoral

Por trás do disque-disque, na prática a opção de Oliveira em não pedir para sair e aguardar a expulsão apenas reforça a possibilidade dele manter seu mandato. Provavelmente será acusado pelo MDB de infidelidade partidária. E isso deve ser julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral – e com possibilidade de recurso ao Tribunal Superior Eleitoral, o que provavelmente vá ocorrer apenas depois da metade de seu mandato ou mais. Ninguém sabe se dará tempo e nem quando será julgado. É a lei brasileira. E leis existem para serem cumpridas. Tanto as leis de qualquer partido, quanto as leis eleitorais. Particularmente meu palpite é: Vai dar em …nada! Porque a Justiça eleitoral brasileira, dizem entendidos nela, valoriza muito quem foi eleito por votos dados de forma livre, democrática e secreta. E em urna ELETRÔNICA!

Filme Velho

E quem acompanhou as ‘peleias’ para eleger a mesa diretora da Câmara xanxereense nas últimas décadas, sabe que esses entreveros foram extremamente comuns. A minha amiga Jornalista e Ex-vereadora Sônia Basei (de quem Xanxerê precisaria, e tem saudades!) é talvez uma das mais famosas vítimas de “negociação”. Soninha costuma dizer, até hoje, que foi dormir presidente eleita da Câmara, e acordou…. Derrotada! No dia seguinte à tal noite, a eleição confirmou o que lhe segredaram, logo cedo, antes da eleição da mesa: Um de seus “companheiros” digamos, …. Pulou a cerca. E votou na “outra chapa”… Naquela vez foi para eleger um presidente da Câmara fiel ao prefeito, ao contrário de agora. Mas o restante é parecido…

Campina, Jotaxis, X-Bugre….

A História da política xanxereense, infelizmente, não é exatamente rica em exemplos de dignidade, de caráter e de honrar compromissos assumidos. É, antes disso, mui rica em exemplos da força da grana e do precário respeito a programas, compromissos e de ideologias partidárias. Se fossemos contar ‘causos’ da política e das eleições xanxereenses, desde a primeira, seria bom, primeiro, tirar as crianças da sala! Porque as ações elogiáveis, dignas de respeito e transparentes não são muitas! A Capital do Gatilho, a Capital do Milho e a Campina da Cascavel, em seus respectivos anos de vigência, nunca foram “para amadores”….Hoje, acredita este reles escriba, estaria na hora de se encontrar outro apelido para tratar – carinhosamente e com mais propriedade – a nossa querida Xanxerê! “Campina da Cascavel”, nascido nos tempos do Jornal “Jotaxis” e de uma Coluna

chamada  “Xis Bugre”, está claramente defasado, arcaico. E até inocente, se olharmos as cobras atuais, na área!

 

 

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