O mundo já foi muito mais divertido e muito menos complexo, mesmo e principalmente considerando-se a informática, a internet e todos os encantadores e confortáveis avanços da ciência. Nos tempos atuais ir do ultramoderno ao atraso pode demorar apenas alguns minutos, ou menos. Tem um vídeo na Net do grande Ariano Suassuna dizendo em entrevista que era um absurdo alguém chamar a música Banda Calipso de “genial”. Qual adjetivo poderíamos dar então (perguntou ele), aos grandes compositores tipo Beethoven, Mozart, Chopin e tantos outros??
Acompanhei de bem perto as campanhas e as eleições municipais de Xanxerê nos anos de 1982, 1988, 1992,1996,2000, 2004, 2008, 20012 e 20016. Em 2018 assisti de longe, mas o filme foi o mesmo. Idêntico ao que se começa a produzir agora: O “debate” gira em torno da definição de nomes de candidatos e de coligações partidárias. Ambições pessoais (que são legítimas) se sobrepõe a uma eventual – recomendável e imprescindível – busca de diagnóstico dos problemas e de soluções que remetam a economia do município ao crescimento. Uma economia que não dependa apenas do (excelente) desempenho do agronegócio. Na minha (e na de muitos) opinião o debate desta eleição deveria se começar e derivar de uma palavrinha nunca levada a sério por aqui: INDUSTRIALIZAÇÃO!
A julgar pelos primeiros movimentos do tabuleiro carnavalesco, perdão, tabuleiro político eleitoral de Xanxerê e da região, a trilha sonora, o roteiro e o enredo da eleição municipal de 2020 não vai trazer novidades. É possível que algumas alegorias e adereços surjam na avenida como pequenas novas atrações. Algumas ansiosas novidades nacionais que chegaram a ser saudadas como “um fenômeno eleitoral com reflexos na eleição municipal”…já deu chabu, dizem os mais entendidos. É só esperar pra ver!