Pelo menos 104 pessoas morreram vítimas das chuvas mais intensas dos últimos 90 anos em Petrópolis, antiga cidade imperial, onde era travada na quarta-feira (16), uma corrida contra o tempo para encontrar eventuais sobreviventes debaixo da lama e dos escombros. Durante a noite, “104 mortes foram confirmadas”, informou a Defesa Civil do estado do Rio de Janeiro em seu último relatório. Cerca de 24 pessoas foram resgatadas com vida. Um número que cresce sem parar com o passar das horas, após o temporal registrado na tarde de terça-feira na cidade localizada 68 quilômetros ao norte do Rio. “Foi a pior chuva desde 1932”, declarou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. “É quase uma situação de guerra”, completou.
Várias estradas de Petrópolis foram transformadas em rios caudalosos com correntezas que varreram tudo em seu caminho e deixaram um rastro de casas reduzidas a escombros e veículos empilhados entre a água e a lama. Alguns pontos de Petrópolis receberam até 260 milímetros de chuva em menos de seis horas, um volume superior à média histórica para todo o mês de fevereiro (240 mm), segundo a agência meteorológica Metsul. Cerca de 400 militares trabalham em tarefas de socorro, juntamente com equipes da Defesa Civil e dos bombeiros, com cães, escavadeiras, caminhões, botes e uma dezena de aeronaves. Autoridades alertam para um risco muito alto de novos deslizamentos na região montanhosa do Rio, especialmente em Petrópolis, devido à previsão de mais chuvas nos próximos dias, que poderão provocar novas inundações.
Receba as informações do Ronda Policial em seu Whatsapp… Fique sabendo de tudo primeiro clicando aqui!!