No Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde, 12 mil pessoas tiram a própria vida a cada ano. No mundo, são cerca de 800 mil suicídios anuais um suicídio a cada 40 segundos. A maioria é homem, negro, com idade entre 10 e 29 anos, segundo dados do Ministério da Saúde avaliados em quatro anos e divulgados em 2019. Para o pediatra Rubens Cat, professor da Universidade Federal do Paraná e chefe do Departamento de Pediatria do Hospital das Clínicas, em Curitiba (PR), está ocorrendo uma ‘epidemia de suicídio’ em adolescentes e adultos jovens em meio à pandemia de covid-19. No mundo, de 25 a 30% são crianças e adolescentes”, alerta. Para ele, os dois casos registrados nos últimos dias em João Pessoa e São Paulo, chamam atenção devido à idade (9 e 10 anos). O presidente do Centro de Valorização da Vida (CVV), que atua há mais de 55 anos na prevenção desse tipo de morte, afirma que a maioria dos casos de suicídio poderia ser evitado e, por isso, desde cedo, é preciso ensinar as crianças a desenvolver uma percepção aguçada sobre seus próprios sentimentos. Só assim é possível encontrar alternativas para lidar com a angústia e o sofrimento. Apesar de ser um ato impulsivo e não planejado em crianças e adolescentes, na maioria das vezes, eles dão sinais de seu sofrimento.
– depressão;
– angústia;
– ansiedade;
– estresse pós-traumático;
– desinteresse por hobbies;
– irritabilidade;
– mudança de hábitos alimentares;
– alterações de sono;
– muito tempo dentro do quarto;
– ideação suicida.
Segundo Robert, outro sinal é a mudança na forma de se vestir.